Daniella Marques assume nesta terça a presidência da Caixa Econômica

Foto: Washington Costa/ME

A economista Daniella Marques Consentino será empossada nesta terça (05) na presidência da Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães, que pediu demissão na quarta-feira passada, após denúncias de assédio sexual. As denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho e também entraram no radar do TCU.

A cerimônia de posse foi marcada para o Palácio do Planalto. Esse tipo de solenidade ocorre com ministros de Estado. Para cargos no segundo escalão, acontece quando o presidente da República quer usar o ato como simbolismo. Bolsonaro pretende destacar a indicação de uma mulher para comandar a Caixa, a terceira na história da empresa, como forma de melhorar sua imagem junto ao eleitorado feminino, em sua na campanha pela reeleição.

Em entrevista neste domingo à TV Record a nova presidente da Caixa disse que vai conduzir apuração ágil e rigorosa sobre as denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias do banco contra o ex-presidente Pedro Guimarães. “Asseguro que tudo será feito com independência, rigor e seriedade, e, se realmente for comprovado, todas as punições cabíveis serão feitas”, afirmou.  A economista dirigia a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e era considerada “braço direito” do ministro Paulo Guedes.

No novo cargo, ela reforçou que, como mulher, entende o sentimento das funcionárias neste momento. “Já me disseram que banco não era lugar de mulher, sei um pouco das barreiras que norteiam essa causa”.

Na entrevista à TV Record, Daniella Marques destacou que “a Caixa é um banco com 161 anos de história, de quase 150 milhões de clientes e tem 250 mil colaboradores. O que eu propus como estratégia é que, independentemente do resultado das apurações, se existem culpados ou não, essa causa é para já”, disse.

Ele lembrou que “não deveria estar falando de assédio”, mas disse que metade das mulheres do Brasil são vítimas de assédio no trabalho. “A Caixa, que sempre foi o banco de todos os brasileiros, daqui para a frente —e tenho aprovação de todos os órgãos internos para isso — vai ser a mãe da causa das mulheres. Não é aceitável que haja violência contra mulher.”

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