Chefes dos Três Poderes divulgam nota condenando os atos terroristas de domingo

Após reunião no gabinete de Lula, no Palácio do Planalto, os presidentes dos Três Poderes (o próprio Lula, o senador Veneziano Vital do Rego, interino do Congresso, e ministra Rosa Weber, do STF) divulgaram nota afirmando que rejeitam os atos terroristas de seguidores radicais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro praticados neste domingo em Brasília.

Os três chefes de Poder pedem à população a “defesa da paz e da democracia”. A nota afirma que “os poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem (domingo) em Brasília”, diz o texto.

A nota afirma ainda que chefes dos poderes estão “unidos para que as providências institucionais sejam tomadas” e defende que o país precisa de “normalidade” e de “respeito”. “Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria”.

Analistas de investimentos apontam que os atos de vandalismo praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dão uma nova dimensão da tensão política em curso no país e tendem a afugentar o capital estrangeiro.

Para os representantes do mercado financeiro, ainda é preciso “cautela e observação” em relação aos desdobramentos dos atos de depredação e violência na Praça dos Três Poderes, mas é inegável que a imagem que fica para os investidores é negativa.

“O investidor não está acostumado a esse tipo de evento, de natureza política –e nem nós estamos, na verdade. Passa uma imagem muito ruim da situação do país e pode afugentar o investidor estrangeiro”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

 

Desmobilização

Os ministros da Defesa, José Múcio, e da Casa Civil, Rui Costa, acompanham hoje, segunda-feira, pela manhã a desocupação de acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército no Setor Militar Urbano, em Brasília.

A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a intervenção no Distrito Federal, também monitorou a ação policial.

O esvaziamento da área pela PM do Distrito Federal e pela Polícia do Exército teve início pela manhã.

 

 

 

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