A Caixa Econômica emprestou R$ 4,291 bilhões em crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil em apenas onze dias. Segundo dados da instituição, no documento protocolado no TCU, 1,681 milhão de pessoas contraíram o empréstimo entre 10 e 21 de outubro.
A informação da Caixa foi em resposta à decisão do ministro do tribunal, Aroldo Cedraz, que havia fixado o prazo de 24 horas para que instituição financeira apresentasse explicações sobre os procedimentos adotados para ofertar o crédito consignado aos beneficiários do programa social mantido pelo governo.
O ministro também tinha recomendado à Caixa que suspendesse temporariamente esses empréstimos. Conforme as informações passadas pela Caixa ao TCU, o valor médio dos benefícios, que começaram a ser liberados no dia 10 deste mês, está em R$ 2.552.
Taxa Selic se mantém
O Comitê de Política Econômica do Banco Central define hoje o novo percentual da Selic, a taxa básica de juros da economia, que deve se manter no patamar atual de 13,75% ao ano, conforme a expectativa do mercado.
A incerteza que existe é quanto ao período de duração dessa estabilidade da Selic. O futuro da política fiscal, dependente do cenário eleitoral, ainda é a principal fonte de dúvidas para a política monetária, segundo economistas.
A percepção do comportamento do PIB para o próximo ano pode ser diretamente influenciada pela taxa da Selic no início do próximo mandato presidencial, independente de quem for eleito no domingo.
Enquanto isso, a arrecadação de impostos e contribuições federais continua em crescimento. Somou R$ 166,287 bilhões em setembro, novo recorde para o mês. O resultado representou aumento real de 4,07% na comparação com setembro do ano passado. Naquele mês, foram arrecadados R$ 149,102 bilhões.
A Receita Federal registrou crescimento real de 9,85% na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), na comparação com o mesmo mês do ano passado. Também houve avanço real de 86,41% na arrecadação do IR Pessoa Física, em razão do recolhimento incidente sobre rendimentos de fundos e títulos de renda fixa.