A bancada do PT na Câmara escolheu os líderes do partido durante os quatro anos de mandato de Lula. Nesta quinta-feira, foi definido que o deputado Zeca Dirceu (PR) assume a liderança do partido na Casa neste ano. A decisão se deu em meio a disputa interna do partido.
Uma ala minoritária, que compõe o grupo Resistência, tentava emplacar o deputado Lindbergh Farias (RJ) para a função. A escolha do novo líder se deu por unanimidade, após acordo entre as duas alas da bancada. Zeca Dirceu é filho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, um dos homens fortes do PT durante o primeiro governo de Lula.
Hoje, perdeu influência e segue sem cargo. A decisão da bancada do PT reforça o grupo Construindo um Novo Brasil (CNB), ala majoritária no partido. O objetivo, segundo parlamentares, foi dar uma maior margem para o CNB negociar espaço na Mesa Diretora em 2025.
No ano que vem, a liderança ficará com o deputado Odair Cunha (MG). Lindbergh Farias (RJ) ficará na função em 2025 e Pedro Uczai (SC), em 2026. A deputada Maria do Rosário (RS) ficará com o cargo que o PT tiver na Mesa Diretora que será definida em fevereiro.
Após a reunião para definir nomes da futura liderança, o deputado que foi o líder do PT na Câmara em 2022, Reginaldo Lopes (MG), disse que o acordo ajudou a preservar a unidade do partido.
Pedido de perdão
Preso desde o dia 12 de dezembro por incitar atos antidemocráticos, José Serere Xavante, diz que se arrependeu de ter levantado suspeitas infundadas contra as eleições e pediu perdão ao presidente Lula e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O pedido consta de carta aberta divulgada ontem, na qual ele diz que “cometeu um equívoco ao defender a tese de que haveria fraude nas urnas eletrônicas” e que “não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção” nas eleições.
“Defendi a tese da suposta fraude, com base em informações erradas, que me foram fornecidas por terceiros, que agora olhando para trás vejo que estavam inteiramente desvinculadas da realidade”, afirmou.