A balança comercial brasileira obteve um superávit de US$ 41,79 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de julho, com aumento de 51,2% ante o superávit de janeiro a julho do ano passado; e a corrente de comércio subiu 33,2% no período, chegando a US$ 259,08 bilhões. As exportações até a terceira semana de julho tiveram um incremento de 35,5% (US$ 150,44 bilhões) e a s importações cresceram 30,2% (US$ 108,65 bilhões).
Ainda de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o mês de julho, ao comparar com julho do último ano, registrou um aumento nas exportações de 43,6% (US$ 14,55 bilhões) e nas importações de 53,9% (US$ 9,49 bilhões), fazendo com que a balança comercial marcasse um superávit de US$ 5,06 bilhões, com alta de 27,6%, e corrente de comércio com aumento de 47,5%, (US$ 24,04 bilhões).
Quanto às exportações, houve um incremento em todos os setores no mês de julho: 20,7% na agropecuária (US$ 2,98 bilhões); 69,7% na indústria extrativa (US$ 4,16 bilhões); e 42,2% nas vendas da indústria de transformação (US$ 7,36 bilhões).
A agropecuária teve um aumento provocado pelas vendas de soja (+40%), madeira em bruto (+326,6%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+44,5%). Na indústria extrativa, sobressaíram-se a subida nas exportações de minério de ferro e seus concentrados (+109,7%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+36,6%) e pedra, areia e cascalho (+83,6%).
A indústria de transformação, por sua vez, teve um aumento nas vendas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+139,7%), produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+232,6%) e farelos de soja e outros alimentos para animais – exceto os cereais não moídos –, farinhas de carnes e outros animais (+58,7%).
Em relação às importações, também houve uma alta em todos os setores, neste mês, até a terceira semana: 33,5% nas importações da agropecuária (US$ 224,54 milhões); 121,8% na indústria extrativa (US$ 534,10 milhões); e 52% na indústria de transformação (US$ 8,63 bilhões).
Já a agropecuária contou com a subida das compras de pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+113,5%), látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+153,4%) e trigo e centeio, não moídos (+16,4%). Nos produtos da indústria extrativa, sobressaíram-se as compras de gás natural, liquefeito ou não (+354,1%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+44,3%) e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+111,9%).
Na indústria de transformação, destaque para o incremento das compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+51,9%), partes e acessórios dos veículos automotivos (+145,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+68,1%).
Boletim trimestral
Na última sexta-feira (16), a Secex lançou a primeira edição do Boletim Trimestral da Balança Comercial Brasileira, que terá periodicidade trimestral. O documento contextualiza o panorama do comércio mundial, detalha as características e a dinâmica do comércio exterior brasileiro e apresenta as estimativas da Secretaria para os resultados da Balança Comercial em 2021.
O boletim vai ao encontro dos esforços recentes de adoção de boas práticas regulatórias no comércio exterior brasileiro, sobretudo no que diz respeito à condução de políticas públicas respaldadas em evidências e à transparência com a sociedade. Desse modo, a Secex visa proporcionar uma sistemática de produção de estatística de bens, com emprego das melhores recomendações e práticas, com alta qualidade e periodicidade mínima semanal de divulgação.
Ainda por meio do Boletim Trimestral do Comércio Exterior, será possível acessar informações mais qualificadas e obter uma visão mais completa e analítica dos movimentos recentes do comércio exterior brasileiro. A publicação contempla também um panorama do comércio e economia mundiais; uma análise sobre os volumes exportados e importados, com totais e detalhados por setores e parceiros comerciais; além dos movimentos do indicador de termos de troca; além das expectativas para o resultado da Balança Comercial para o ano.