Desde o dia 1º de janeiro, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) passou a exigir licença para autorizar venda de seringas e agulhas ao exterior. O órgão ligado ao Ministério da Economia atendeu à solicitação feita pelo Ministério da Saúde. Segundo a Saúde, o objetivo é a garantia de insumos necessários para “atender ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”.
O Ministério tentou na semana passada realizar um pregão para comprar os itens. Das 331 milhões de unidades desejadas, apenas conseguiu oferta de 7,9 milhões. A quantia equivale a cerca de 2,4% do total. Ainda não há data definida para a realização de novo certame. A aquisição de seringas e agulhas geralmente é realizada por Estados e Municípios, entretanto o Ministério da Saúde optou por centralizar os insumos.
Importação de vacinas autorizada
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou no sábado (2) que aprovou pedido de importação excepcional de vacinas pela Fiocruz. Serão trazidas duas milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca. Entretanto, o imunizante ainda não foi submetido à autorização de uso emergencial ou registro sanitário.
De acordo com a Fiocruz, a importação excepcional é uma preparação para antecipar a disponibilização das vacinas assim que estas forem aprovadas pela Anvisa. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a previsão é iniciar a vacinação contra a covid-19 no Brasil em fevereiro.
A vacina da Oxford/AstraZeneca teve seu uso aprovado no Reino Unido no dia 30 de dezembro. Nesta segunda-feira (4), a sua primeira dose foi aplicada pela primeira vez, em um cidadão britânico de 82 anos. O imunizante possui eficácia em torno de 70%. Em agosto, o governo brasileiro adquiriu 100 milhões de doses da vacina por R$ 1,9 bilhão.