Presidente do Senado diz que arcabouço fiscal será votado na próxima terça-feira

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Senado vai avaliar o projeto do novo arcabouço fiscal na próxima terça-feira, informou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pacheco participou de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e líderes dos partidos no Senado.

Rodrigo Pacheco confirmou que o texto será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira e levado a plenário na sequência. Questionado sobre mudanças no texto, o presidente do Senado lembrou que o relator, Omar Aziz (PSD-AM), está conversando diretamente com deputados, inclusive com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Ele vai apresentar o parecer e se, tiver algum tipo de modificação, retorna à Câmara. Pode ser que não aconteça modificação também, mas vamos aguardar a apresentação”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo busca “entrosamento prévio” com o Congresso para evitar grandes alterações no texto final do arcabouço fiscal.

“Qualquer mudança, volta para a Câmara dos Deputados, o que significa dizer que é bom que haja um entrosamento prévio para que não tenhamos surpresas, uma vez que estamos fazendo tudo em comum acordo, com quórum para lá de expressivo”, disse Haddad. “Estamos tentando fazer esse entendimento para que não haja grandes alterações”, acrescentou.

Herança positiva

Um dia após a agência de classificação de risco S&P ter anunciado melhora para a perspectiva da nota de crédito do país, de estável para positiva, pesquisadores da FGV relacionaram a revisão à herança das reformas realizadas nos últimos anos.

Destacaram a evolução de ambiente tanto doméstico quanto internacional. Porém, mostraram ceticismo quanto à possibilidade de o Brasil recuperar logo o grau de investimento.

Economistas notaram que houve diminuição do risco de o governo investir em políticas equivocadas, e a dificuldade de Lula reverter reformas como a autonomia do Banco Central e o marco do saneamento, além de privatizações feitas recentemente, como o caso da Eletrobras e a Petrobras Distribuidoras, atualmente denominada Vibra.

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