Arthur Lira define entre 3 e 7 de julho data para votação da reforma tributária na Câmara

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu a data para votação da Proposta de Emenda Constitucional da reforma tributária. Será entre os dias 3 e 7 do mês que vem. Lira informou que serão realizadas sessões de segunda-feira a sexta-feira para tentar concluir a aprovação antes do recesso legislativo do meio do ano.

O presidente da Câmara mencionou novas além de novas reuniões com os prefeitos das capitais, setor produtivo e governadores de estados. Disse que o texto do relator, Agnaldo Ribeiro (PP-PB) divulgado ontem é preliminar, para que todos conheçam a proposta, debatam e façam suas sugestões, mas que ainda deverá ser modificado até a hora da votação.

“Não será, necessariamente, este o texto que será votado. Foram tratados temas e sugestões dadas pelos governadores e secretários de Fazenda e que serão acomodadas dentro do texto e serão resolvidas com emendas e destaques no plenário”, disse. Arthur Lira viajou para Portugal e só volta na quinta-feira (29). Por isso, não haverá sessões no plenário na próxima semana.

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou ontem à noite texto da Proposta de Emenda à Constituição que vai mudar o sistema tributário do país. Entre outros pontos, o texto prevê a criação de fundos de compensação para os estados, que serão bancados por meio de aportes da União; devolução de recursos (“cashback”) para contribuintes de baixa renda; e alíquotas reduzidas para setores como saúde e educação.

A PEC da reforma tributária prevê a implementação do novo Imposto sobre Valor Adicional (IVA) a partir de 2026, mas a migração integral só acontecerá em 2033. A transição mais longa busca acomodar os benefícios fiscais já concedidos por estados e municípios e que têm manutenção garantida pelo Congresso até 2032.

O governo federal vai injetar R$ 160 bilhões ao longo de oito anos para ajudar a compensar essa fatura, sem contar o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que terá R$ 40 bilhões anuais a partir de 2033. Os estados pedem R$ 75 bilhões. Haverá dois fundos, um para compensar os benefícios já concedidos e outro para servir de fonte de financiamento para as políticas de desenvolvimento regional.

Postagens relacionadas

Câmara aprova PL que flexibiliza regras de licitações em casos de calamidade pública

Mercado financeiro eleva projeção de inflação e ajusta PIB para 2024

Comércio varejista registra queda de 1% em junho

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais