A crise de saúde global causada pelo coronavírus pode levar as autoridades chinesas a propor uma certa flexibilidade no acordo comercial com os Estados Unidos enquanto a China tenta conter a epidemia. Robert Lighizer, um representante americano para o Comércio, informou que nenhum pedido foi enviado a Washington.
Uma cláusula do acordo, selado em 15 de janeiro de 2020, que deveria entrar em vigor este mês, garante que, em caso de um desastre natural ou outro evento imprevisível, ambos países devem fazer uma avaliação sobre atrasar o cumprimento do pacto.
A China se comprometeu, no primeiro ano do tratado, a comprar US$ 76,7 bilhões em produtos dos EUA, com base nas compras de 2017 e mais US$ 123,3 no ano seguinte. Pequim avalia, enquanto isso, se a meta de crescimento econômico para 2020 deverá ser reduzida em meio aos impactos do coronavírus.
O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu aos governadores americanos que fossem cautelosos com a China que, de acordo com ele, teria escolhido o país norte-americano a fim de expandir sua influência econômica e política. Pompeo afirmou na última sexta-feira (7), em seu Twitter, que os EUA irão enviar mais US$ 100 milhões de fundos existentes para ajudar a China no combate ao coronavírus.