Duas pesquisas divulgadas na semana passada – Datafolha e Ideia Big Data – apontam que a disputa pela Prefeitura de São Paulo (SP) começa polarizada entre o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) e o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB).
No entanto, conforme podemos ver na tabela abaixo, a disputa está longe de estar consolidada. Além de Guilherme Boulos (PSOL) e o ex-governador Márcio França (PSB), que estão empatados em terceiro lugar aparece tecnicamente empatados, há cerca de 20% de eleitores “sem candidato” (brancos, nulos e indecisos).
CANDIDATOS |
DATAFOLHA (21 a 22/09) – % |
IDEIA BIG DATA (19 a 22/09) – % |
Celso Russomanno (Republicanos) |
29 |
21 |
Bruno Covas (PSDB) |
20 |
22 |
Guilherme Boulos (PSOL) |
9 |
11 |
Márcio França (PSB) |
8 |
10 |
Andrea Matarazzo (PSD) |
2 |
4 |
Jilmar Tatto (PT) |
2 |
3 |
Arthur do Val (Patriota) |
2 |
2 |
Vera Lúcia (PSTU) |
2 |
1 |
Joice Hasselmann (PSL) |
1 |
1 |
Levy Fidelix (PRTB) |
1 |
1 |
Marina Helou (Rede) |
1 |
– |
Filipe Sabará (Novo) |
1 |
– |
Orlando Silva (PCdoB) |
1 |
– |
Branco/Nulo |
17 |
14 |
Indecisos |
4 |
8 |
Neste início de disputa, Celso Russomanno mostra ser um candidato muito competitivo quando olhamos a variável renda. Segundo o Datafolha, Russomanno tem 36% das intenções de voto entre quem ganha até 2 salários mínimos. E 26% entre quem possui renda mensal de mais de 2 a 5 salários.
Vale destacar que esses dois segmentos representam a maioria dos eleitores. Nos setores de menor renda, o desempenho de Russomanno cai bastante. Ele tem 16% na faixa de renda de mais de 5 a 10 salários, e apenas 15% entre quem possui renda mensal acima de 10 salários.
Bruno Covas tem o desafio de crescer nos segmentos de menor renda. De acordo com o Datafolha, ele possui apenas 19% na faixa de renda de até dois salários – ou seja, 17 pontos percentuais a menos que Russomanno. Nas faixas de renda de mais de 2 a 5 salários (22%) e mais de 5 a 10 salários (23%) a intenção de voto no prefeito é similar, mas cai um pouco no segmento acima de 10 salários (19%).
Guilherme Boulos, mostra um bom desempenho nas faixas de renda mais elevada: mais de 5 a 10 salários (18%) e acima de 10 salários (18%). Também apresenta uma boa intenção de voto na faixa de renda de mais de 2 a 5 salários (12%). Porém, tem um baixo desempenho na faixa de renda de até 2 salários (4%).
Márcio França tem um padrão de desempenho similar na divisão de renda. Tem uma intenção de voto mais concentrada nos segmentos de mais de 5 a 10 salários (12%) e mais de 10 salários (12%). Tem 10% na fatia do eleitorado com faixa de renda de mais de 2 a 5 salários. Porém, tem um baixo desempenho na faixa de renda de até 2 salários (4%).
Covas tem leve vantagem nas simulações de 2º turno
Este cenário indefinido pode ser observado também nos cenários de segundo turno testados pela Ideia Big Data. Embora Bruno Covas vença hoje todos os potenciais adversários, uma eventual disputa contra Celso Russomanno ou Márcio França seria apertada. Hoje, o adversário mais fácil para Covas seria Guilherme Boulos.
CANDIDATOS |
CENÁRIO 1 (%) |
CENÁRIO 2 (%) |
CENÁRIO 3 (%) |
CENÁRIO 4 (%) |
Bruno Covas (PSDB) |
37 |
44 |
37 |
– |
Celso Russomanno (Republicanos) |
31 |
– |
– |
34 |
Guilherme Boulos (PSOL) |
– |
21 |
– |
– |
Márcio França (PSB) |
– |
– |
30 |
38 |
Branco/Nulo |
24 |
27 |
23 |
17 |
Indecisos |
8 |
9 |
10 |
11 |
Porém, como o grau de conhecimento dos candidatos é distinto nesse momento, e temos também nos cenários de segundo turno cerca de 1/3 dos eleitores “sem candidato”, a vantagem inicial de Covas não está consolidada.
Bolsonaro e Doria impopulares entre os paulistanos
A pesquisa Datafolha mostrou também que o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), são impopulares entre os eleitores da capital (ver tabela abaixo). Esse resultado aponta que a associação com Bolsonaro e Doria precisará ser calibrada entre os candidatos, pois uma vinculação direta poderá trazer mais prejuzídos que benefícios.
GOVERNOS |
Ótimo/Bom (%) |
Regular (%) |
Ruim/Péssimo (%) |
Jair Bolsonaro |
29 |
23 |
46 |
João Doria |
21 |
39 |
39 |
Bruno Covas |
25 |
45 |
27 |
Fonte: Datafolha
Nota-se que a avaliação positiva de Bruno Covas (25%) é muito similar a sua intenção de voto (20%) na simulação de primeiro turno. O desafio para Covas será atrair quem avalia sua administração regular. O ponto positiva para o próximo é que, ao contrário de Bolsonaro e Doria, sua desaprovação é mais baixa.
No entanto, a rejeição a Doria entre os paulistanos poderá atingir negativamente o prefeito, pois ambos pertencem ao mesmo partido, além de Covas sido eleito como o vice de Doria em 2016, tendo assumido o cargo após a renúncia de Doria para concorrer a governador em 2018.
Além de Bolsonaro e Doria, o ex-presidente Lula (PT) também não é um bom cabo eleitoral entre os paulistanos. Segundo o Datafolha, 57% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum num candidato apoiado por Lula. 59% dizem o mesmo em relação ao ex-presidente Lula (PT). E 59% descartam votar num candidato apoiado pelo governador João Doria (PSDB).
Por outro lado, 11% com certeza votariam num candidato apoiado por Bolsonaro. 20% votariam em quem Lula apoiar. E 8% votariam no candidato apoiado por Doria.
Bolsonaro e Doria impopulares entre os paulistanos
A pesquisa Datafolha mostrou também que o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), são impopulares entre os eleitores da capital (ver tabela abaixo).
Esse resultado aponta que a associação com Bolsonaro e Doria precisará ser calibrada entre os candidatos, pois uma vinculação direta poderá trazer mais prejuízos que benefícios.
GOVERNOS |
Ótimo/Bom (%) |
Regular (%) |
Ruim/Péssimo (%) |
Jair Bolsonaro |
29 |
23 |
46 |
João Doria |
21 |
39 |
39 |
Bruno Covas |
25 |
45 |
27 |
Fonte: Datafolha
Nota-se que a avaliação positiva de Bruno Covas (25%) é muito similar a sua intenção de voto (20%) na simulação de primeiro turno. O desafio para Covas será atrair quem avalia sua administração regular. O ponto positiva para o próximo é que, ao contrário de Bolsonaro e Doria, sua desaprovação é mais baixa.
No entanto, a rejeição a Doria entre os paulistanos poderá atingir negativamente o prefeito, pois ambos pertencem ao mesmo partido, além de Covas sido eleito como o vice de Doria em 2016, tendo assumido o cargo após a renúncia de Doria para concorrer a governador em 2018.
Além de Bolsonaro e Doria, o ex-presidente Lula (PT) também não é um bom cabo eleitoral entre os paulistanos. Segundo o Datafolha, 57% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum num candidato apoiado por Lula. 59% dizem o mesmo em relação ao ex-presidente Lula (PT). E 59% descartam votar num candidato apoiado pelo governador João Doria (PSDB).
Por outro lado, 11% com certeza votariam num candidato apoiado por Bolsonaro. 20% votariam em quem Lula apoiar. E 8% votariam no candidato apoiado por Doria.