PIB surpreende

O PIB brasileiro em 2023 se manteve estável em relação ao ano anterior, crescendo 2,9%. No início do ano passado, a manutenção do crescimento econômico não era esperada pelo mercado para aquele ano. Segundo as primeiras projeções do boletim Focus, do Banco Central, o crescimento brasileiro em 2023 seria de 0,7%. Até o fim do primeiro trimestre do ano passado, essa projeção havia subido apenas para 0,9%. Por fim, a última projeção do Focus para o PIB era justamente de 2,9%.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Em 2022, as projeções para o crescimento também ficaram desancoradas da realidade. No primeiro mês daquele exercício, a expectativa era de crescimento de 1,75%, e ao longo do primeiro trimestre esse valor caiu para 1,3%, ainda distante do resultado de 2,9% constatado naquele ano.

Para este ano, o mercado projeta um crescimento econômico de 1,75%, segundo o Focus mais recente. Entretanto, após o resultado do ano passado, o Ministério da Fazenda projeta um PIB de 2,2%, demonstrando uma possível desaceleração da economia. Mas ainda acima das projeções do setor financeiro. A Fazenda recebeu o resultado com otimismo, por não ter sofrido a redução que era esperada em relação ao ano anterior. Para o ministro Fernando Haddad, ainda há espaço para a economia crescer em 2024. Ele aposta em uma ajuda da política monetária, com a trajetória de queda da Selic, e na continuação da agenda de reformas iniciada no ano passado.

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Além disso, Haddad acredita que, com medidas para garantir o equilíbrio das contas públicas, o crescimento brasileiro nos próximos anos tende a ser estrutural e não conjuntural. Soma-se a isso a expectativa do início de redução da taxa de juros americana, em meados deste ano, o que favorecerá o cenário global. Portanto, se no ano passado o setor agropecuário foi responsável pelo resultado positivo da economia, a aposta para uma possível surpresa este ano é o setor industrial. A equipe econômica conta com uma recuperação, guiada pela retomada dos investimentos produtivos e pela continuidade da expansão da produção extrativa mineral. Vale lembrar que, além dos movimentos de mercado esperados, deve surtir efeito também uma série de medidas anunciadas pelo governo ao longo de 2023 para aquecer a atividade industrial.

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