Mudanças ministeriais

Flávio Dino, Gonet e Lula pousando para foto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A escolha do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a articulações visando à sucessão no comando da pasta. Para evitar que essa disputa cresça, ao menos até a realização da sabatina de Dino, prevista para o dia 13 no Senado, o ministro seguirá no comando da pasta.

Uma das discussões envolve uma suposta divisão do ministério. Se isso ocorrer, teríamos uma pasta da Justiça e outra da Segurança Pública. No entanto, a proposta de fatiamento do ministério não é consensual no governo. O comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública se transformou num desejo do PT. Na semana passada, circulou o nome da presidente nacional do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), como uma possibilidade. É do desejo dos petistas comandar a pasta que cuida da Polícia Federal.

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No entanto, também o PSB deseja manter o controle do ministério que hoje está nas mãos de Flávio Dino. Um dos nomes especulados pelo partido para ocupar o posto é o do atual secretário Nacional da Justiça, Augusto de Arruda Botelho (PSB). Outra possibilidade ventilada é a ida da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), para a Justiça e Segurança Pública.

Caso Simone seja a sucessora de Flávio Dino, o presidente Lula (PT) poderia, por exemplo, contemplar os segmentos mais à esquerda do PT, indicando um nome desenvolvimentista para o Ministério do Planejamento. Vale lembrar que Simone, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), são vistos como “os fiscalistas” da agenda econômica.

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Caso Simone deixe o Planejamento, Lula poderia reeditar o modelo utilizado no início de seu primeiro mandato, quando Antonio Palocci comandava a Fazenda e Guido Mantega liderava o Planejamento. Embora a opção por um heterodoxo seja do interesse dos segmentos de esquerda, isso poderia ser visto pelos agentes econômicos como um sinal de enfraquecimento das forças do governo mais comprometidas com a estabilidade fiscal.

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