Eleição nas capitais – Análise

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Levantamento realizado pela Arko Advice, a partir das pesquisas disponíveis nas 26 capitais, aponta que União Brasil, PSD, PL e MDB devem disputar quem elegerá o maior número de prefeitos (ver tabela abaixo).

O União Brasil lidera em quatro capitais: 1) Salvador (BA), com Bruno Reis; 2) Fortaleza (CE), com Capitão Wagner;
3) Teresina (PI), com Sílvio Mendes; e 4) Cuiabá (MT), com Eduardo Botelho. Em Porto Velho (RO), Fernando Máximo (União Brasil) divide a liderança com Léo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Republicanos).

O PSD larga na frente em quatro capitais: 1) São Luís (MA), com Eduardo Braide; 2) Rio de Janeiro (RJ), com Eduardo Paes; 3) Florianópolis (SC), com Topázio Neto; e 4) Natal (RN), com Carlos Eduardo Alves. Em Curitiba (PR), Eduardo Pimentel (PSD) divide a liderança com Beto Richa (PSDB), Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (União Brasil) e Deltan Dallagnol (Novo). E em Goiânia (GO), Vanderlan Cardoso (PSD) divide a liderança com a Delegada Adriana Accorsi (PT) e Gustavo Gayer (PL).

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lidera neste momento em três capitais: 1) Maceió (AL), com JHC; 2) Belém (PA), com Éder Mauro; e 3) Palmas (TO), com Janad Valcari. Em Goiânia, Gustavo Gayer, filiado ao partido, divide a liderança com outros candidatos. E, em Belo Horizonte (MG), Bruno Engler (PL) divide a liderança com João Leite (PSDB).

O MDB está em primeiro lugar em três capitais: 1) Rio Branco (AC), com Marcus Alexandre; 2) Porto Alegre (RS), com Sebastião Melo; e 3) Boa Vista (RR), com Arthur Henrique. Em São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB) divide a liderança com Guilherme Boulos (PSOL).

O Podemos lidera a disputa em Macapá (AP), com Dr. Furlan. Em Porto Velho (RO), Léo Moraes (Podemos) divide a liderança com outro candidato. O Republicanos está na liderança em Vitória (ES), com Lorenzo Pazolini. Em Porto Velho (RO), Mariana Carvalho (Republicanos) divide a liderança com outros candidatos.

O PSB lidera em Recife (PE), com João Campos; e divide a liderança com outros candidatos em Curitiba (PR). O PP lidera em João Pessoa (PB), com Cícero Lucena. Em Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP) divide a liderança com Zeca do PT. E o PRD lidera em Aracaju (SE), com Emília Correia.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Como nas eleições de 2016 e 2020, o cenário é adverso para o PT, o maior partido de esquerda. Hoje, os petistas não aparecem como favoritos em nenhuma das 26 capitais. Aliás, o cenário eleitoral é difícil para as esquerdas em geral. Apesar da boa posição de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) tem melhorado seu desempenho nas pesquisas e hoje desponta como favorito. Entre os partidos de esquerda, o mais bem posicionado neste momento é o PSB, que tem boas possibilidades de manter o controle de Recife.

Também chama atenção a falta de competitividade do PSDB nas capitais. Hoje, os tucanos não lideram em nenhuma
cidade, ainda que Beto Richa seja um nome competitivo em Curitiba (PR), assim como João Leite em Belo Horizonte (MG).Além disso, legendas de centro, como o MDB e o PSD, avançam sobre uma fatia do eleitorado que, até 2016, mostrava preferência eleitoral pelo PSDB. Outro destaque neste cenário pré-eleitoral nas capitais é o PL, que poderá ter
um expressivo crescimento nas eleições municipais. Conforme podemos observar no levantamento realizado, o PL poderá eleger um número relevante de prefeitos juntamente com o PSD, o União Brasil e o MDB.

Faltando cerca de sete meses para as eleições municipais, temos uma preferência eleitoral inclinada para o campo da
centro-direita. Entre os partidos que lideram no maior número de capitais, dois são de centro (MDB e PSD), um de centrodireita (União Brasil) e outro de direita (PL).

O avanço da direita nas capitais, se confirmado nas urnas, repetirá o padrão de comportamento eleitoral dos últimos dois pleitos municipais – 2016 e 2020. Pelo cenário que se desenha, o mais provável é que o PT cresça nas prefeituras das médias e pequenas cidades, locais onde a força do lulismo é maior, repetindo tendência verificada na sucessão de 2022.

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