Uma falha em uma atualização de software da Crowdstrike causou um caos global, impactando viagens aéreas, serviços bancários e sistemas de saúde. A interrupção começou a ser notada em aeroportos na Austrália e rapidamente se espalhou, afetando diversas companhias aéreas, bancos e prestadores de serviços de saúde ao redor do mundo.
A Crowdstrike, empresa de segurança cibernética, identificou que a falha foi causada por uma atualização defeituosa de seu software antivírus Falcon, que protege dispositivos Microsoft Windows contra ataques maliciosos. Segundo George Kurtz, CEO da Crowdstrike, o problema está restrito a computadores com o sistema operacional Windows e não se trata de um ataque cibernético, mas de um erro técnico. A empresa já implementou uma correção, mas cada dispositivo afetado precisará de uma reinicialização manual em modo de segurança, o que representa um enorme desafio para os departamentos de TI.
Enquanto isso, a Microsoft está orientando seus clientes a reiniciar os dispositivos afetados várias vezes, o que tem mostrado resultados positivos em alguns casos. Além disso, especialistas em TI estão sendo instruídos a deletar um arquivo específico para resolver o problema, uma solução que não é recomendada para usuários comuns.
O impacto no setor de viagens foi significativo, com longas filas e atrasos em aeroportos como Londres, Tóquio, Amsterdã e Nova Délhi. Companhias aéreas como Ryanair, British Airways, United, Delta e American Airlines tiveram que cancelar ou atrasar voos, causando transtornos para milhares de passageiros. Além disso, serviços de emergência, sistemas de pagamento e empresas ferroviárias também foram afetados pela interrupção.
Essa situação destaca a complexidade da infraestrutura digital moderna e como um problema técnico em uma empresa como a Crowdstrike pode desencadear um efeito dominó global. Fundada há apenas 13 anos, a Crowdstrike cresceu rapidamente, mas este incidente mostra os desafios e a responsabilidade de gerir a segurança de um vasto número de clientes e dispositivos.