Início » Bloqueio menor que o esperado – Análise

Bloqueio menor que o esperado – Análise

Entres os motivos apontados pela equipe econômica para essa redução de receitas, estão as atuais projeções das receitas previstas para 2024

A+A-
Reset

Mesmo com um ótimo desempenho arrecadatório nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o governo federal precisou promover um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento federal. A medida foi necessária após o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas detectar um aumento nas despesas obrigatórias do governo, que ficaram acima do limite de gastos, e uma redução na projeção das receitas.

Arrecadação

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Leia mais! A popularidade de Lula – Análise

Entres os motivos apontados pela equipe econômica para essa redução de receitas, estão as atuais projeções das receitas primárias federais previstas para 2024, que indicaram uma redução de R$ 31,45 bilhões. A projeção de queda de receitas afeta até estados e municípios que tiveram a redução de R$ 16,8 bilhões na projeção de receitas em relação à contida na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024.

A manutenção da desoneração da folha de pagamentos, por exemplo, derrubada pelo governo federal mas mantida pelo Congresso Nacional, e o Perse tiveram influência no resultado, já que essas despesas não estavam previstas na LOA 2024.

Apesar da necessidade de bloqueio, o governo obteve resultados positivos em termos de arrecadação com as medidas aprovadas no ano passado no Congresso Nacional. Projetos como a taxação de fundos exclusivos e offshores, a regulação de apostas esportivas, as mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a subvenção de ICMS e a limitação de compensação tributária por ação judicial performaram além do esperado. A expectativa da União era arrecadar cerca deR$ 167,59 bilhões com as medidas, mas o relatório indica que o valor global pode ser de R$ 168,33 bilhões no exercício de 2024.

legislativo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As implicações políticas desse bloqueio também devem ser minimizadas, uma vez que emendas parlamentares devem ser minimamente ou nada afetadas pela decisão. É importante para o governo manter a relação estável, uma vez que o Congresso pode votar a qualquer momento a derrubada dos vetos presidenciais em relação ao Orçamento. O Executivo vetou um incremento de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares, o que ainda pode ser revertido pelo Parlamento e gerar mais despesas para o governo.

Leia mais! Novas revelações complicam Bolsonaro – Análise

Agora, a equipe econômica trabalha para perseguir a meta fiscal de déficit zero nas contas públicas deste ano.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais