Os ministros da fazenda do Brasil e da França pressionaram esta semana por um imposto sobre os bilionários em dólares americanos de pelo menos 2% de sua riqueza a cada ano, com os possíveis $250 bilhões arrecadados sendo direcionados para combater a pobreza, a fome e as mudanças climáticas.
Fernando Haddad, do Brasil, e Bruno Le Maire, da França, apresentaram sua proposta durante as Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, DC, ao lado da chefe do FMI, Kristalina Georgieva, e do ministro das finanças do Quênia, Njuguna Ndung’u.
Os ministros enfatizaram a necessidade de coragem política para implementar soluções inovadoras baseadas em evidências e fornecer esperança para as populações globais. No entanto, a proposta enfrentou resistência por parte da Alemanha, que a rejeitou em uma coletiva de imprensa separada em Washington.
Enquanto Haddad falava sobre combater a fome e as mudanças climáticas, ainda não está claro quem seria responsável por administrar o dinheiro arrecadado dos bilionários ou em que ele seria gasto.
A proposta de um imposto sobre bilionários, que está sendo levada à agenda política pelo governo de esquerda do Brasil e de Haddad, enfrenta desafios, mas continua a ganhar destaque global, com discussões sobre seu potencial impacto e execução em andamento.
No contexto das Reuniões de Primavera em Washington, outros esforços também foram anunciados, incluindo o lançamento de um grupo de trabalho por França, Quênia e Barbados para examinar como preencher a lacuna no financiamento climático para países em desenvolvimento e vulneráveis.