As eleições em São Paulo, no Rio e em BH – Análise

As pesquisas divulgadas pela CNN/AtlasIntel reforçam os indícios de que, além do debate em torno dos temas das cidades nas eleições municipais de outubro, a polarização entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará presente principalmente nos pleitos de três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Foto: Divulgação/TSE

Em São Paulo, temos um cenário de polarização entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Boulos aparece com 35,6% das intenções de voto, contra 33,7% de Nunes. A surpresa é a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que registra 14,7%.

O AtlasIntel trouxe também dados que corroboram o quanto a polarização nacional está presente no pleito. Entre os eleitores do presidente Lula (PT), 70,5% preferem Boulos; já entre os eleitores de Bolsonaro, 76,2% optam por Nunes.

No Rio de Janeiro, o favorito é o prefeito Eduardo Paes (PSD), que lidera as intenções de voto com 42,6%. O segundo colocado é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que registra 31,2%. O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) está na terceira posição, com 12,7%.

No Rio, a influência da polarização entre o lulismo e o bolsonarismo se dá de outra forma. Entre os eleitores de Lula, 65,1% mostram preferência por Eduardo Paes, enquanto 25,9% declaram voto em Tarcísio. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 71% declaram voto em Ramagem, enquanto 17,3% dizem que vão votar em Paes. O fato de parte do eleitorado bolsonarista declarar voto em Eduardo Paes explica as resistências do prefeito em favor de uma aliança com o PT, o que afastaria o eleitor bolsonarista do prefeito.

Em Belo Horizonte, a polarização nacional também se faz presente. De acordo com a CNN/AtlasIntel, o deputado estadual Bruno Engler (PL) lidera com 31%. O deputado federal Rogério Correia (PT) aparece com 16,4%. E a deputada federal Duda Salabert (PDT) registra 10%. O prefeito Fuad Noman (PSD) contabiliza apenas 5%. Diante da folgada liderança de Engler, o Palácio do Planalto busca uma aliança com o PSD em favor de uma frente ampla na capital mineira. Essa construção depende do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).

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