O desbloqueio das rodovias federais, interditadas por grupos radicais que contestam o resultado das eleições, acelerou-se, após medidas judiciais do STF e manifestações de entidades civis e empresariais.
Essas ações, basicamente de caminhoneiros autônomos, iniciadas
logo após a apuração das urnas no domingo, alcançaram 421 em todo o país. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ontem, quinta-feira, eram registradas 32.
O ministro do Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do STF Vem cobrando respostas mais firmes e rápidas da Polícia Rodoviária Federal para coibir o movimento.
Ontem, assinou despacho intimando a PRF a apresentar, em 48 horas, relatório com o detalhamento de todas as multas já aplicadas, com dados de identificação dos veículos e das pessoas autuadas.
O ministro afirmou que as pessoas que realizam atos antidemocráticos por não aceitarem o resultado das eleições serão tratadas como criminosas e serão responsabilizadas.
“Não há como se contestar o resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos, que serão combatidos. Os responsáveis serão apurados e responsabilizados sob a pena da lei”, afirmou o ministro, ao final da sessão plenária do TSE desta quinta-feira (03), a primeira após o termino eleitoral, com a eleição do novo presidente da República.
O presidente do TSE garantiu que Lula tomará posse no dia 1º de janeiro, a despeito da insatisfação de uma parcela da sociedade.
“As eleições acabaram. O segundo turno acabou democraticamente no último domingo. O TSE proclamou o vencedor. O vencedor será diplomado até o dia 19 de dezembro e tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é Estado republicano”, disse.