A quase uma semana do primeiro turno da eleição, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a Corte “avalia” a proposta de fechamento de clubes de tiro no dia das eleições feita por delegados que integram o Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil.
O ministro e representantes da Polícia Civil se reuniram na terça-feira passada para debater a segurança durante as eleições, tema que tem gerado preocupação dentro da Corte. Em decisão tomada em agosto, o TSE já havia determinado a proibição do porte de armas no raio de 100 metros dos locais de votação.
Apesar da medida, as forças de segurança ainda demonstraram receio com a autorização aos “CACs” para o transporte de armamento até os clubes de tiros,
No dia 20, o Supremo Tribunal Federal validou três decisões cautelares do ministro Edson Fachin suspendendo trechos de decretos de Bolsonaro que flexibilizam compra e porte de armas. A maioria dos ministros considerou o risco de aumento da violência política por conta do início da campanha eleitoral. Ficaram vencidos os ministros Nunes Marques e André Mendonça, dois nomes indicados pelo presidente para composição do STF.
A ação havia sido proposta pelo PT contra o decreto do presidente aumentou a quantidade máxima de munição que pode ser adquirida por órgãos e instituições e por pessoas físicas autorizadas a portar armas de fogo.
Segundo a ação do PT, um dos resultados desse aumento de até 3.200% é que o crime organizado e as milícias podem passar a “se abastecer de artefatos bélicos adquiridos regularmente por pessoas registradas”, para alimentar as redes de tráfico de drogas e outros crimes.