Após demissão coletiva no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), responsável pela elaboração do Enem, senadores cobram um posicionamento do governo. Isso porque 37 servidores pediram demissão alegando fragilidade técnica e administrativa na gestão e inaptidão do presidente do órgão, Danilo Dupas.
Eles também relatam haver interferência no conteúdo das provas como forma de não desagradar o Palácio do Planalto. Logo em seguida, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “o Enem começa a ter a cara do governo”.
A situação é especialmente preocupante devido à proximidade da data de realização da prova, marcada para os dias 21 e 28 de novembro, com mais de 3 milhões de inscritos.
Em audiência no Senado, o representante da Associação dos servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Alexandre Retamal, reclamou de falta de autonomia técnica e administrativa do órgão. “Nós vivemos hoje em dia dentro do Inep um clima de desconfiança, um clima de insegurança, um clima de insatisfação generalizada com a atual gestão, onde os servidores se sentem desprestigiados, desconsiderados em suas opiniões técnicas”, disse.