O presidente Jair Bolsonaro vai apresentar, no final deste mês, a grandes investidores dos Emirados Árabes Unidos, do Catar e da Arábia Saudita uma carteira de projetos e obras de infraestrutura que podem interessar aos países árabes. Bolsonaro vai visitar, acompanhado de oito ministros, os Emirados Árabes Unidos no dia 27 de outubro; no dia 28, o Catar; nos dias 29 e 30, ele concluirá a visita à região na Arábia Saudita. O presidente retornará ao Brasil somente no dia 31 de outubro.
A intenção do governo brasileiro é apresentar, durante seminários empresariais, o programa de parcerias e concessões com o setor privado, que devem exigir investimentos de até R$ 1,2 trilhão.
O Brasil recebe US$ 5 bilhões do Fundo Soberano dos Emirados Árabes Unidos, que tem o montante total de investimentos equivalente a US$ 1 trilhão. Outros US$ 5 bilhões são provenientes do fundo soberano do Catar, com um total de US$ 540 bilhões.
Em janeiro, a Arábia Saudita, que é o maior importador de carne de frango do Brasil, suspendeu cinco frigoríficos da lista de exportadores num movimento de retaliação ao anúncio da transferência da embaixada brasileira para Jerusalém. Entre eles estavam os gigantes brasileiros JBS e BRF.
Antes do Oriente Médio, Bolsonaro viajará pela Ásia, com visitas ao Japão e a China. No Japão, Bolsonaro participará da cerimônia de entronização do imperador, no dia 22, e se reunirá com o primeiro-ministro Shinzo Abe, no dia 23.
O presidente segue para a China, no dia 24, onde participará de um jantar com Paulo Skaf, presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo, e participará de um seminário empresarial Brasil-China. Bolsonaro ainda participará na China de encontros com o presidente da Assembleia Nacional, com o primeiro-ministro Chinês e com o presidente chinês Xi Jinping.
Bolsonaro chegou a ter uma agenda marcada com Xi Jinping durante a cúpula do G20 em junho, no entanto o presidente brasileiro cancelou a reunião por conta de um atraso na agenda do presidente chinês.
Segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a China detém cerca de US$ 254 bilhões investidos no Brasil.