A disputa de 2020 entre o PSDB e o bolsonarismo pela prefeitura de São Paulo (SP) apresenta um quadro de grande indefinição quando falta um ano para a disputa do próximo ano.
Hoje, a tendência é que o prefeito Bruno Covas (PSDB) seja candidato à reeleição com o apoio do governador João Doria (PSDB). No campo bolsonarista, a candidata do Palácio do Planalto deve ser a líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).
Porém, importantes mudanças podem ocorrer do centro para a direita até 2020. Na semana passada, por exemplo, Joice admitiu publicamente que poderá trocar de partido para concorrer ao comando da capital. A manifestação da deputada ocorreu em meio à crise interna vivida pelo PSL no Estado.
Especula-se que Joice Hasselmann poderia, por exemplo, se filiar ao DEM. Nesse cenário, o apoio de Doria a deputada, mesmo que informalmente, não deve ser descartado.
Para lideranças da sigla, a deputada deverá ter o apoio informal de Doria na eleição e já estaria negociando a migração para o DEM ou até mesmo para o PSDB, que apoia oficialmente o tucano Bruno Covas, pré-candidato à reeleição.
Outra opção para o PSDB e João Doria seria o deputado federal Alexandre Frota, que recentemente trocou o PSL pelo PSDB. A eventual candidatura de Frota poderia rachar o campo aliado de Jair Bolsonaro, o que interesse a Doria dentro do objetivo de impor uma derrota ao presidente da República no maior e mais cobiçado colégio eleitoral do país.
Nesse quadro, a candidatura de Bruno Covas, que devido à sua elevada desaprovação, é vista com desconfiança pelo círculo próximo a Doria e pode até mesmo se inviabilizar.
Segundo pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 30 de setembro e 2 de outubro, Bruno Covas teria hoje apenas 10% das intenções de voto. Quem lidera a sondagem é o apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena (S/P) com 22% das intenções de voto. Em segundo lugar está o deputado federal Celso Russomanno (PRB) com 19%. A ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy (S/P) aparece com 11%, mesma intenção de voto do ex-governador Márcio França (PSB). A deputada federal e líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL), tem 7%.