O Parlamento da União Europeia confirmou na terça-feira (16) o nome de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia – equivalente a um órgão executivo do bloco. Primeira mulher a ocupar o cargo, ela toma posse em 1º de novembro para um mandato de cinco anos, substituindo Jean-Claude Juncker, de Luxemburgo.
No Parlamento Leyen venceu por uma margem pequena, com o apoio de 383 parlamentares contra 327. Os 52% dos votos para Von der Leyen não é uma raridade nas eleições para o cargo, a eleição anterior, de Juncker, foi com 56% e a de seu predecessor, José Manuel Barroso foi de 52% no primeiro mandato e 56% no segundo.
Ursula von der Leyen é alemã, tem 60 anos e integrou por 14 anos o governo de Angela Merkel, onde assumiu cargos como secretária das Mulheres, Família e Saúde, ministra de Família, do Trabalho foi a primeira mulher ministra da Defesa da Alemanha.
Leyen é formada em Medicina e Economia, e possui orientação política de centro-direita conservadora, mas dentre suas principais diretrizes para o mandato estão pautas que podem ser consideradas progressistas, como a defesa da igualdade de gênero.
O momento da União Europeia é complicado, e Leyen deverá ter muita pressão por parte de países ultranacionalistas, questionando sobre a real necessidade de existência do bloco.
Ursula von der Leyen prometeu apresentar a proposta de um “Green Deal” (Pacto Verde) nos primeiros cem dias de seu mandato, durante o debate no Parlamento Europeu que antecedeu a votação. A alemã também prometeu apresentar “a primeira lei climática da história da União Europeia” para fixar a meta legal de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Atualmente, 28 países compõem a União Europeia, incluindo o Reino Unido, que está em processo de saída. A formação do bloco político-econômico é encabeçada pela Comissão Europeia, que funciona como órgão executivo e é responsável pela gestão, representação diplomática no exterior e fiscalização dos países-membros. Já o Conselho Europeu representa o comando político do bloco e é formado por chefes de Estado ou de governo de todos os países-membros.