Gabriel Romeiro Em ligação, nesta sexta-feira (3), o presidente Lula e o presidente da Espanha, Pedro Sanches, trataram sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Na conversa, Lula pediu agilidade nas negociações e manteve sua posição sobre o acesso a compras governamentais.
O bloco europeu pede uma abertura recíproca do mercado de compras públicas, em licitações, por exemplo. Lula resiste, defendendo que fornecedores brasileiros tenham acesso facilitado.
Segundo o governo brasileiro, a presidência do Brasil no Mercosul e da Espanha na União Europeia é uma grande oportunidade para a conclusão do acordo. Lula criticou as exigências da União Europeia para que o Brasil dê mais atenção ao meio ambiente, e afirmou que 80% da matriz energética do país é limpa.
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Pedro Sanches concordou sobre a necessidade de acelerar o desfecho do acordo e afirmou que manterá conversas visando a conclusão o mais breve possível. Durante a conversa, Lula ainda mencionou que o governo brasileiro deve levar para a COP 28 uma proposta envolvendo reservas florestais, que seja comum entre os demais países.
Lula já cobrou União Europeia sobre o acordo com o Mercosul
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse em tom de cobrança na cúpula do G20, nesta segunda-feira (11), que a Europa precisa decidir se aceita o acordo de livre comércio com o Mercosul ou não. Os blocos fecharam as bases do acordo em 2019 após mais de 20 anos de negociações.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
“Nos próximos meses a gente tem que chegar num acordo: Ou sim, ou não. Ou parar de discutir o acordo porque, depois de 22 anos [de negociações], ninguém acredita mais [na possibilidade de aprovação]”, disse o presidente.
Existem vários impasses que travam o acordo entre Mercosul e União Europeia, mas o principal deles é a carta enviada pelo bloco europeu ao bloco sul-americano em março deste ano. Conforme o texto, o Brasil estaria ameaçado de sanções econômicas em caso de não cumprimento dos devidos cuidados ao meio ambiente.