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Haddad, Tarcísio e Garcia definem chapas e esboçam estratégias – Por Carlos Eduardo Borenstein

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Os principais candidatos ao Palácio dos Bandeirantes definiram suas chapas para a disputa. O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que busca à reeleição, terá o deputado federal Geninho Zuliani (União Brasil) como vice. E o ex-secretário municipal de Saúde da capital paulista, Edson Aparecido (MDB), vai disputar o Senado.

Garcia, além do controle da máquina administrativa e da boa relação com parte expressiva dos prefeitos, principalmente do interior de São Paulo (SP), construiu uma robusta coligação – PSDB, União Brasil, MDB, Podemos, Cidadania, Solidariedade, PROS, Avante, Patriota, e PP.

Rodrigo Garcia terá dois fortes adversários pela frente: o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). Haddad e Tarcísio representam, no estado, a polarização nacional entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fernando Haddad terá como vice a professora Lúcia França (PSB), esposa do ex-governador Márcio França (PSB). O candidato ao Senado será França. Tarcísio de Freitas, por sua vez, tem como vice o ex-prefeito de São José dos Santos Felício Ramuth (PSD). E o candidato a senador da chapa será o ex-ministro Marcos Pontes (PL).

A última pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada na semana passada, apontou que Fernando Haddad lidera com 33% das intenções de voto. Tarcísio de Freitas (20%) e Rodrigo Garcia (19%) estão tecnicamente empatados na segunda posição.

Haddad aposta no seu vínculo com Lula, mas também com os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSB) e Márcio França (PSB) para quebrar as resistências do PT, principalmente no interior do estado.

O desejo de Haddad é polarizar com Tarcísio para que ambos disputem o segundo turno e reproduzam em SP a polarização Lula x Bolsonaro. Na avaliação do PT, se isso ocorrer, a rejeição ao governo Bolsonaro, combinado com os apoios de Alckmin e França, poderiam eleger o ex-prefeito.

A estratégia da nacionalização do debate paulista também será buscada por Tarcísio, que aposta no antipetismo paulista – o PT nunca elegeu o governo de SP – para vencer. Na avaliação de aliados de Tarcísio, sem Rodrigo Garcia no segundo turno, o eleitor do PSDB que votará em Garcia optará pelo ex-ministro no confronto contra Fernando Haddad.

Atento às estratégias de seus principais adversários, Rodrigo Garcia constrói a narrativa da “proteção de SP contra aqueles que querem se dividir”. Ou seja, Garcia se apresentará como um candidato que não polariza, que busca a união em favor do estado. Uma incógnita é saber qual será o impacto da exploração que Haddad e Tarcísio devem fazer da rejeição do ex-governador João Doria (PSDB) na campanha de Garcia.

A eleição ao Senado, por sua vez, aponta um favoritismo para Márcio França. Beneficia França a divisão do campo da direita em duas candidaturas – o ex-ministro Marcos Pontes (PL) e a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB) – já que temos apenas uma vaga em disputa.

PARTIDO/COLIGAÇÃOCANDIDATOS A GOVERNADORCANDIDATOS A VICECANDIDATOS A SENADOR
PSDB/União Brasil/

Cidadania/MDB/PP/Podemos/SD/

PROS/Avante/Patriota

Rodrigo Garcia (PSDB) – RGeninho Zuliani (União Brasil)Edson Aparecido (MDB)
PT/PSB/PCdoB/PV/PSOL/RedeFernando Haddad (PT)Lúcia França (PSB)Márcio França (PSB)
Republicanos/PSD/PL/PTBTarcísio de Freitas (Republicanos)Felício Ramuth (PSD)Marcos Pontes (PL)
PSTUAltino Junior (PSTU)Eliana Ferreira (PSTU)Mancha (PSTU)
PCOEdson Dorta (PCO)IndefinidoAntonio Carlos Silva (PCO)
PCBGabriel Colombo (PCB)Manoel Messias (PCB)Tito Bellini (PCB)
NOVOVinícius Poit (Novo)Doris Alves (NOVO)Ricardo Mellão (NOVO)
PDTElvis Cesar (PDT)Gleides Sodré (PDT)Indefinido
PRTBJanaína Paschoal (PRTB)
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