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Corrida das alianças em São Paulo – Análise

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A disputa pelo governo de São Paulo começa a tomar forma com a definição das principais alianças locais. Na última semana, o candidato do Republicanos, Tarcísio Gomes de Freitas, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu atrair para si o apoio do PSD de Gilberto Kassab, que então indicou o ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, como vice em sua chapa. A reviravolta significou uma derrota para o PT de Lula justamente no estado com o maior número de eleitores do país, já que a campanha de Fernando Haddad (PT) tentava justamente atrair Kassab para a composição.

Com isso, os petistas terão de se contentar com uma coalizão puramente de esquerda, que, por si só, já tem dado trabalho. Na última semana, Márcio França (PSB) abriu mão de sua candidatura ao governo estadual e anunciou que deve concorrer ao Senado, em apoio a Fernando Haddad (PT), que aparece à frente nas pesquisas. Petistas classificaram o entendimento como uma grande vitória política. O acerto finaliza uma batalha de meses, um dos elementos, inclusive, que impediram a formação de uma federação partidária entre as duas siglas.

Assim, espera-se para esta semana o anúncio do nome do vice de Haddad. Os dois mais cotados para a vaga são de esquerda: o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, e o ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB). Segundo petistas, Donizette é a opção mais provável. Presidente da Frente Nacional dos Prefeitos por seis anos, ele promete alavancar a campanha no interior. A decisão final caberá ao próprio Haddad.

Também está sendo aguardado para os próximos dias o anúncio do União Brasil, um dos partidos com maior bancada no Congresso, detentor do maior fundo partidário e do maior tempo de propaganda na televisão. A vontade do presidente da sigla, Luciano Bivar, é declarar apoio ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), que busca a reeleição. Internamente, calcula-se que a aliança pode render aos tucanos até 1 minuto e 40 segundos de tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV, além de inserções no decorrer da programação da TV aberta, que tem potencial maior de fixação na mente do eleitor. Contudo, uma ala do União tenta reverter essa tendência por acreditar que o apoio a Rodrigo Garcia pode retirar força do próprio partido na formação de bancada, além do fato de a aliança não trazer contrapartidas suficientemente valiosas.

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