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Demanda por ações da empresa leva à privatização da Eletrobras

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O processo de privatização da Eletrobras teve avanço significativo e a empresa emplacou, nesta quinta-feira (9), grande oferta de ações. Com a cotação do papel a R$ 42, na operação na B3 a companhia foi privatizada. A empresa vendeu 802,1 milhões de ações, movimentando R$ 33,7 bilhões entre os lotes base e suplementar.

Na comparação feita em dólares, o total representa mais que o dobro do volume da privatização da Vale em 1997, sendo 78% maior que a do Banespa em 2000. Foi a segunda maior privatização já ocorrida no país, perdendo apenas para a da Telebras, em 1998.

Com a venda de parte das ações que o BNDES tinha na estatal e pela diluição da participação da União com a emissão de novas ações, o governo deixa de ser controlador da Eletrobras, ainda que que detenha uma “golden share” (tipo de ação que lhe dá direito especial na empresa). A União e o BNDES saem de 68,6% das ordinárias para 40,3% para 36,9% do capital total.

Nesta quinta à noite, a disputa entre bancos e investidores se concentrava em uma diferença de R$ 0,50, com o range oficial entre R$ 42 e R$ 42,50. Investidores internacionais relevantes  tinham tentado puxar o preço para baixo – pela manhã, pressionavam por ação entre R$ 38,50 e R$ 39,50. Com o alto interesse na operação, com demanda de R$ 60 bilhões, no entanto, os bancos conseguiram mudar o jogo. 

Trabalhadores que investiram via FGTS vão ficar com R$ 6 bilhões em ações, que era o valor máximo para esse tipo de reserva. Em torno de 370 mil trabalhadores usaram o fundo de garantia para fazer reservas pelos papéis – demanda superior aos 248 mil trabalhadores que aderiram, com o mesmo recurso, à oferta da Petrobras em 2000, mas abaixo da adesão na Vale, em 2002.

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