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Simone Tebet diz que está pronta para representar o centro democrático

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Em seu primeiro pronunciamento nesta quarta-feira (25) em Brasília, desde que Cidadania e MDB confirmaram o apoio ao seu nome como pré-candidata da terceira via, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) discursou sobre o desafio da candidatura. Tebet disse que está pronta e se sente honrada com a missão. “Aqui eu quero dizer de público que estou pronta, preparada, honrosa, ciente da responsabilidade. Mas com fé em Deus que vamos lograr êxito. Vamos pro segundo turno e depois o centro democrático vai ganhar a eleição”, declarou.

Tebet afirmou que em seu governo não irá defender estado mínimo ou máximo, mas o “estado necessário”. “É preciso tratar bem os investidores, o mercado e iniciativa privada são parceiros no crescimento do Brasil. É preciso parceria público-privada, concessões, agilizar marco regulatório. Para termos ferrovias, rodovias, portos, aeroporto na mão da iniciativa privada.” completou.

A senadora colocou sua candidatura como alternativa à polarização e falou que, a partir de hoje, a aliança começará a conversar com todos os partidos do centro democrático, que tenham ou não candidato. Ela acredita que, na medida em que avançar com a campanha pelas cidades brasileiras, o apoio à sua candidatura irá aumentar. “Eu tenho certeza, pelas pesquisas que me chegaram, que a maior parte dos eleitores não escolheu seu candidato. Não pode ser eleição do rejeitado ou do menos ruim. Teremos uma proposta séria pra apresentar, proposta que passa pelo ambiente de paz e segurança, pra que nossas indústrias voltem a ser abertas. Quero ver o Brasil voltando a ser referência naquilo que sempre foi. Vamos mudar a imagem do Brasil”

Desigualdade Social e Minorias

Em seu discurso, Tebet tratou da necessidade de enfrentar temas caros aos candidatos, como fome e desigualdade social. “Vamos diminuir desigualdade social, fazer o Brasil voltar a crescer com desenvolvimento sustentável e garantir investimentos maciços”, afirmou. Durante a maior parte de seu discurso, Tebet acenou as mulheres, maior parte do eleitorado e, segundo as pesquisas, é o público feminino que mais rejeita o presidente Jair Bolsonaro.

Tebet ainda falou sobre a importância da diversidade e de inclusão das minorias em seu governo. Citou, por exemplo, a necessidade de os ministérios terem a participação de mulheres e negros. “Se eu for eleita, o meu ministério será paritário entre homens e mulheres. Desde que tenham dois requisitos: competência e vontade de servir ao Brasil”, explicou.

MDB em unidade

Sobre a divergência sobre seu nome no MDB do Nordeste, Tebet disse que o partido não tem unanimidade, mas tem “unidade” e garantiu que terá maioria nas convenções partidárias. Ela declarou que o Presidente do MDB, Baleia Rossi, e do Cidadania, Roberto Freire, começaram os diálogos com demais partidos para a corrida por aliados.

Vice-presidência

A pré-candidata à presidência da República afirmou que ainda é cedo para falar em quem será seu vice-presidente. Não descartou uma chapa completamente feminina, mas disse que essa deve ser uma decisão para o futuro. A senadora destacou o papel do PSDB e Cidadania na construção desse centro e disse que a ideia é buscar mais legendas durante os meses que antecedem as eleições. “Quem tem que construir (vice-presidente) são os presidentes dos partidos com novos partidos que virão. Não vamos fechar portas pra ninguém, mas precisamos deixar as portas abertas. Esse é um centro democrático”, afirmou.

Sobre assumir o papel de vice-presidente numa eventual chapa com outro nome, a exemplo de Eduardo Leite, Tebet disse que não fará esse papel. “Não pode ser eu, neste momento, como única mulher pré-candidata numa grande chapa a dar um passo pra trás. Aceitar ser vice não é demérito, mas é pelo que represento frente a maioria do eleitorado brasileiro. Sempre fomos obrigadas a andar atrás, agora não farei esse papel.”

Segurança Pública

Simone Tebet adiantou que está no seu programa de governo a criação do Ministério Nacional de Segurança Pública. Ela defendeu que governo tem que ser responsável diretamente pela gestão da segurança pública no país. A senadora também declarou que a deficiência dos estados em tratar as forças policiais é gerada pela falta de coordenação por parte do Governo Federal.

“A questão de segurança pública no Brasil é séria, lugar de bandido é na cadeia, mas o papel da polícia é de prevenção, de repressão, de utilizar-se da inteligência para abordar, prever e deixar com a Justiça o papel que lhe cabe de julgar e condenar”

Ela também acrescentou que o policial tem que ser “enxergado pela sociedade brasileira como o grande parceiro que é, na proteção da integridade física das famílias brasileiras. Ele não pode ser educado para atirar antes de perguntar”.

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