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Lula se encontra com aliados para traçar estratégias de campanha

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Nesta segunda-feira (23), aconteceu o primeiro grande encontro dos partidos que formam a aliança em torno da candidatura do ex-presidente Lula. Durante a reunião, realizada em São Paulo, foi discutida a avaliação do cenário político atual e das pesquisas de intenção de votos para a presidência. 

Além de Lula e o vice Geraldo Alckmin (PSDB), a reunião contou com a participação dos presidentes dos outros seis partidos que apoiam a candidatura petista: PCdoB, PSB, PSOL, Rede, PV e Solidariedade.

Em conversa com jornalistas, o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, contou sobre a missão que recebeu de expandir o apoio a Lula no centro.  Ele disse que “agora o jogo começa para valer” e afirmou que a “campanha do Lula não pode ser uma campanha da esquerda. Tem que ser uma campanha do povo brasileiro”.

“Ainda temos muitos partidos que podem ser procurados, vários estados que têm candidatos em que podemos ampliar [o apoio]. Temos várias personalidades que precisam ser procuradas, até para dar sinais para o empresariado e para o setor financeiro”, declarou.

Terminada a reunião, a deputada Gleisi Hoffman, presidente do PT, falou que os estudos mostram estabilidade em termos de intenção e consolidação sobre quem vota no Lula e no Bolsonaro, ponto que  não foi verificado em outras épocas. “Isso é importante e nos empolga. Mas vai ser uma eleição disputada, vai ser dura. Sabemos como ele (Bolsonaro) joga”, avaliou. 

Gleisi afirmou ainda que é necessário ampliar o movimento, o que significa buscar outros partidos para apoiar a chapa Lula/Alckmin, como é o caso do Avante e PROS. Além disso, a dirigente revelou que já está em conversa com o MDB de Baleia Rossi e com o PSD de Gilberto Kassab. 

Sobre o partido de Kassab, Gleisi disse que há uma dificuldade em angariar apoio no primeiro turno, por causa da divergência que ocorre em alguns palanques estaduais. “Também temos conversado com o MDB que tem o mesmo problema, o partido tem movimento diferente por estado. No MDB do nordeste há uma grande simpatia pelo Lula, mas eles têm candidata que é a Simone Tebet. É preciso ver como eles resolvem e encaminham tudo isso”, declarou.

Questionada sobre a possível participação do economista Pérsio Arida no plano de governo de Lula, a presidente nacional do PT disse que a ideia é levar todos os nomes que pensam como o partido na retomada do Brasil. “Temos vários nomes participando, mais de 80 economistas. É muito provável que já tenham conversado com ele”, declarou após reunião entre PT, PSB, PV, PCdoB, Solidariedade, Rede e PSOL.

Novos encontros irão ocorrer ao longo desta tarde para definir detalhes sobre a campanha, como encaminhamentos, plano de governo, comunicação, agenda dos candidatos, finanças e mobilização, inclusive nas redes sociais.

Gleisi falou ainda sobre a necessidade de dialogar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação ao papel das redes sociais nas eleições, principalmente o Telegram, onde Bolsonaro tem intensificado sua comunicação. A exemplo de 2018, a campanha deste ano deve ter na internet seu principal canal de diálogo com os eleitores. No entanto, a ausência de uma legislação mais rigorosa sobre a responsabilização de quem utiliza os canais preocupa, principalmente, a campanha do petista. “Queremos ter uma conversa com o Tse para saber como vai ficar a atuação do Telegram, se terá um representante no Brasil, se vai ser terra de ninguém”, questionou a dirigente.

A Câmara dos Deputados rejeitou pedido de urgência para analisar o PL das Fake News que prevê, dentre outros temas, a responsabilização de quem divulga notícias falsas.

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