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Efeito da propaganda eleitoral em rádio e TV – Por Cristiano Noronha

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Desde março estão sendo veiculadas propagandas partidárias conforme lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República. Ela tinha sido extinta em 2017. Muitas legendas têm aproveitado o tempo de rádio e televisão para apresentar seus pré-candidatos ao eleitor.

Já fizeram uso do tempo de televisão Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), João Doria (PSDB) e Lula (PT). Interessante observar que essas aparições não foram suficientes para alavancar nenhum desses nomes na corrida pelo Palácio do Planalto. O desempenho de Simone Tebet e Doria continua bastante modesto nas pesquisas de intenção de voto. Ciro está praticamente com o mesmo percentual. E Lula se manteve no patamar que está desde o ano passado.

Em 2002, graças ao tempo partidário, Roseana Sarney, então pré-candidata do PFL à sucessão, subiu nas pesquisas chegando a empatar com Lula nas simulações de segundo turno. Ciro Gomes, no mesmo ano, também deslanchou. Erros de campanha de ambos acabaram fazendo com que eles perdessem apoio junto ao eleitorado. Em 2014, Aécio Neves também conseguiu melhorar sua performance nas pesquisas graças às aparições na propaganda partidária do PSDB.

Certamente que o peso do rádio e da televisão, por conta da internet, diminuiu. Em 2018, mesmo tendo uma superestrutura a seu favor, com tempo de televisão e recursos financeiros, Geraldo Alckmin, então candidato do PSDB, amargou um resultado pífio: menos de 5% dos votos válidos.

O fato de a propaganda não ter provocado qualquer alteração nas pesquisas pode ser resultado de alguns fatores, entre eles: 1. falta de interesse da população, neste momento, na eleição; 2. ausência de um discurso convincente e sedutor por parte dos principais candidatos; e 3. consolidação alta dos votos de Lula e Bolsonaro.

Mas, também pode ser uma sinalização de que a campanha na internet e nas mídias sociais continuarão a ter peso relevante na eleição de outubro.

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