Governadores decidem recorrer ao STF contra mudanças no ICMS

Foto: Renato Alves/Agência Brasília.

O governador do Piauí, Wellington Dias, declarou que é praticamente certa a ida dos governadores ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a lei da tributação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS). Mesmo com a sanção da Lei Complementar, governadores podem entrar com a ação para que a lei possa ser reavaliada.

Os Estados autorizaram o colegiado dos secretários de fazenda a contestar a lei, que, segundo Dias, é “inconstitucional e insustentável.” “Há uma grande chance de ir ao Supremo pela possibilidade de vitória diante dessa inconstitucionalidade”, disse.

Wellington Dias também declarou que os estados irão manter o congelamento do ICMS sobre a gasolina por mais 90 dias. A decisão veio após o 10º Fórum de Governadores, realizado em Brasília, nesta terça-feira (22).

O Fórum também decidiu questionar no STF o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro que reduziu em 25% o imposto sobre produtos industrializados (IPI). Vale lembrar que parte do valor arrecadado com IPI é transferido da União para os estados.

Segundo o governador do Piauí, a redução é inconstitucional. “O decreto da União mexe em cláusula pétrea e isso é muito grave”, disse.

Alíquota média

Para cumprir a lei aprovada no Congresso e instituir uma alíquota única do ICMS sobre os combustíveis, os governadores acertaram que vão adotar uma alíquota uniforme para o diesel em todo o país e ad rem (valor fixo por litro), conforme determina a Lei Complementar 192, em vigor desde 11 de março.

Postagens relacionadas

Reforma tributária: procurador da Fazenda analisa detalhes da regulamentação

IFI eleva estimativa do crescimento econômico do país em 2024

TSE inicia julgamento que pode cassar Sergio Moro

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais