Ministério adia em definitivo o leilão das BRs 381 e 262 (MG-ES)

Foto: Divulgação/Estradas

Após ser postergado três vezes, o leilão de duas rodovias em Minas Gerais e no Espírito Santo (BRs 381 e 262) foi suspenso em definitivo. Em decisão tomada na tarde de quinta-feira (17), a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou o cancelamento do leilão, previsto para sexta-feira desta semana (25).

A medida foi tomada a pedido do Ministério da Infraestrutura, que identificou que nenhuma empresa apresentaria proposta e o leilão “daria vazio”. Seria o segundo caso desde que os leilões para concessão de ativos no setor de transporte começaram a ser adotados no país. O primeiro envolveu justamente a BR 262, entre João Monlevade (MG) e Viana (ES), em setembro de 2013.

Para o leilão desta semana, quatro grupos interessados no ativo estudavam o edital: o fundo Pátria, a CCR e as espanholas Acciona e Sacyr. Mas todos sinalizaram nos últimos dias ao governo que a conta não fechava, além de considerarem vários riscos. Com as fortes chuvas registradas na região em janeiro, por exemplo, houve rompimento de um trecho ao lado da pista da rodovia e as imagens exibidas alertaram os interessados sobre os riscos geológicos envolvidos no projeto.

A BR 381 desempenha função estratégica na ligação entre Belo Horizonte e Governador Valadares, cortando o chamado Vale do Aço, onde operam importantes usinas siderúrgicas, de celulose e cimento. O número de acidentes no trecho é elevado. A BR 262 liga as capitais de Minas Gerais e do Espírito Santo, registrando fluxo crescente de tráfego.

Rio-Governador Valadares

A diretoria colegiada da ANTT aprovou, em sua reunião de quinta-feira (17), o edital de concessão do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro–Governador Valadares, composto pelas BRs 116, 465 e 493. O leilão está previsto para ocorrer em 20 de maio, na Bolsa de São Paulo (B3), às 14h.

O certame, aberto à participação de competidores internacionais, será feito no modelo híbrido, devendo a proponente apresentar o valor da tarifa básica de pedágio e o valor de outorga, o qual poderá ser alterado durante a etapa de lances de viva voz, se necessário.

O contrato será de 30 anos e o sistema rodoviário abrangerá uma extensão de 726,9 quilômetros. Os investimentos (Capex) previstos para o trecho ao longo do contrato somam R$ 8,8 bilhões. As despesas operacionais (Opex) chegam a R$ 8,5 bilhões. A data-base dos valores indicados é janeiro de 2021.

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