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Senado pressiona pelo lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes

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A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado pressiona o governo federal pela publicação do Plano Nacional de Fertilizantes. Isso porque, com a crise na Rússia, aumentou a preocupação com a possibilidade de desabastecimento de insumos no Brasil. Em sessão nesta quinta-feira (17), a CRA aprovou um requerimento para realização de audiência pública sobre esse tema com representantes do Ministério da Agricultura (MAPA), do Ministério das Minas e Energia (MME) e da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE).

“Enviamos ao presidente do Senado, que vai mandar ao presidente da República e aos ministérios, sugestões para que possamos aumentar a produção de fertilizantes com a matéria prima que temos no Brasil. Isso é fundamental para a produção de alimentos no país”, declarou ao Brasilianista o presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO). 

Fontes do governo ouvidas por O Brasilianista estimam que o Plano Nacional de Fertilizantes deve ser lançado em março. 

Em audiência no ano passado, a comissão ouviu o embaixador Alex Giacomelli da Silva, diretor do Departamento de Promoção de Energia, Recursos Minerais e Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Ele explicou que a Bielorrússia (Belarus), país que tem se aproximado da Rússia na crise relacionada com a Ucrânia, é responsável pelo fornecimento de cerca de 20% do cloreto de potássio utilizado no mundo. O produto é um dos principais insumos de muitos adubos químicos. De todo cloreto de potássio consumido no Brasil, 26% vem da Rússia e 18% vem da Bielorrússia.

Dependência externa

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a importação de fertilizantes no ano de 2021 foi recorde, atingindo a marca histórica de 41,6 milhões de toneladas internalizadas de janeiro a dezembro. De acordo com o Ministério da Agricultura, a pressão internacional e o aumento da demanda interna levaram os preços dos fertilizantes a níveis recordes no ano passado. Os custos passaram de US$ 400 a tonelada — mais de R$ 2100. Em dezembro de 2020, o preço era inferior a R$ 1500.

O tema dos fertilizantes também foi destaque em viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, um dos principais fornecedores do Brasil. Após reunião com Vladimir Putin e, em seguida, com empresários do país, Bolsonaro afirmou que a oferta de fertilizantes da Rússia para o Brasil será dobrada. Isso porque está prevista a reativação de uma fábrica em Três Lagoas (MS). 

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