Com a adesão do Brasil, OCDE facilita a cooperação internacional em tecnologia com empresas

Ministro da Economia, Paulo Guedes , ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (C) e ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, durante coletiva sobre a abertura oficial das negociações da entrada do Brasil na OCDE. Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

Após receber o sinal da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para ter seu acesso ao Organismo, o Brasil, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), recebeu uma boa “surpresa” para o desenvolvimento da cooperação internacional em ciência e tecnologia. Trata-se da aprovação da Recomendação do Conselho para facilitar a cooperação internacional em tecnologia com e entre as empresas, pelo conselho da OCDE. O Brasil é o único não membro a aderir à nova recomendação.

Desde 1995 a recomendação é adotada por vários países, sendo que recentemente passou por vários processos de debate para sua atualização. A Assessoria Especial de Assuntos Internacionais (ASSIN) do MCTI, compôs o Grupo Gestor Ad Hoc de Especialistas que elaborou o novo texto, além de ter participado efetivamente das reuniões juntamente da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI).

De acordo com o texto que foi aprovado, todos os países que aderiram a Recomendação garantem que a cooperação internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação sejam eficientes, ou seja oferecem orientações para remover as barreiras à cooperação tecnológica entre e com empresas, incentivando às Pequena e Médias Empresas (PME’s) e atores públicos de pesquisa, a colaborarem com empresas multinacionais na área de desenvolvimento de tecnologia. O principal objetivo é encontrar um equilíbrio entre a cooperação internacional tecnológica, por um lado, e, por outro, proteger governos e empresas dos riscos econômicos e de segurança nacional associados.

Facilitando o intercâmbio internacional de soluções tecnológicas entre empresas e de empresas com instituições de pesquisa, espera-se o aumento de produtividade de bens e serviços e a redução de custos de produção. A adesão à recomendação pelo Brasil, faz com que o MCTI reforce as políticas já adotadas pela pasta, a exemplo dos modelos adotados pela EMBRAPII, além de fortalecer seus modelos regulatórios, como o novo Marco Legal da C,T&I, o Marco Legal das Startups e a Política Nacional de Inovação.

Reformas necessárias para entrar na OCDE

No que diz respeito ao processo de acessão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil já está bem adiantado, porém ainda precisa prosseguir nas reformas e na aprovação de marcos regulatórios para confirmar o ingresso na entidade. O secretário de Assuntos Econômicos Internacionais (Sain) do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes, afirmou que as perspectivas são muito boas, pois o Brasil já aderiu a 104 dos 251 instrumentos normativos da OCDE, sendo 38 na gestão do atual governo.

A entrada na OCDE, colocará o Brasil junto de países de renda média-alta, que têm padrões e práticas regulatórias capazes de transmitir confiança ao mercado, dando mais conforto e liberdade para os agentes econômicos trabalharem. Os maiores investidores globais possuem uma grande parte da carteira voltada à países da organização, e afirmam que o Brasil precisa entrar para esse seleto grupo.

O Brasil terá de avançar na aprovação de reformas e marcos regulatórios importantes, para ser aceito definitivamente, e ao depender da relação entre governo e congresso, o prazo pode ser de 2 a 5 anos. A questão ambiental é de suma importância para o ingresso na OCDE, e o governo tem se empenhado em promover condições para uma transição adequada a uma economia de baixo carbono e, depois, uma economia de carbono neutro.

Postagens relacionadas

STF forma maioria a favor da Lei das Estatais

Chuvas no RS: governo antecipará restituição do IR para os gaúchos

Legalização de jogos de azar no Brasil gera divergências em debate na CCJ

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais