Servidores federais anunciam greve geral

Servidores federais fazem manifestação em frente ao Banco Central nesta terça-feira (18/01). Foto: Mariana Sousa/Sinal

Em reunião plenária nesta quinta-feira (27/1), as entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) aprovaram indicativo de greve geral do funcionalismo federal a partir do dia 9 de março.

A partir de 14 de fevereiro categorias específicas já devem fazer paralisações. Os sindicatos demandam reajuste de 19,99%. O índice é equivalente às perdas acumuladas desde o início do governo Bolsonaro.

Até que chegue a data marcada para a greve, os servidores avaliam a realização de protestos presenciais em Brasília, mas assumem que a pandemia é um dificultador.

As demais decisões tomadas em assembleia serão anunciadas pelo Fonasefe em coletiva de imprensa na sexta-feira (28/01).

Segundo o Fonasefe, desde a entrada de Michel Temer no governo em 2016, quando foram encerradas as negociações, as categorias convivem com uma perda salarial de quase 30%. A Fenajufe alerta para outro ponto que deve ser considerado, que é o calendário eleitoral.

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Privilégio a policiais

A pressão por reajuste começou quando o presidente jair Bolsonaro decidiu manter no orçamento a destinação de R$ 1,736 bilhão para a reajustes no serviço público. Bolsonaro havia prometido direcionar o valor para a reestruturação das carreiras federais de segurança. O valor será usado para reajustar salários da Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

A proposta gerou uma “corrida” de outros setores do funcionalismo público em busca de reajuste. Segundo essas categorias, o governo federal privilegia a segurança pública e esquece dos demais servidores federais.

O governo resiste à ideia de conceder um reajuste linear aos servidores. Em dezembro, na apresentação de balanço de fim de ano da Economia, o ministro Paulo Guedes afirmou que se todos tiverem aumentos, “será uma desonra com as futuras gerações”. E completou ressaltando que, “a inflação vai voltar, nós vamos mergulhar no passado. Nós vamos nos endividar em bola de neve de novo. Os juros vão subir, a inflação não terá tido uma alta temporária, será uma alta permanente”.


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