Após manifestação, funcionários do BC voltam a falar de greve

Servidores federais fazem manifestação em frente ao Banco Central nesta terça-feira (18/01). Foto: Mariana Sousa/Sinal

Após a paralisação de aviso realizada nesta terça-feira (18), o Sindicato de Trabalhadores do Banco Central (Sinal), um dos que lideraram a mobilização, reafirmou a intenção de realizar greve por tempo indeterminado em fevereiro. A decisão será tomada após reunião marcada para o fim de janeiro com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Se não houver proposta de reajuste, os servidores dizem que devem parar.

Em nota, o sindicato alerta que, em caso de greve, “pode haver suspensão ou interrupção do atendimento ao público, da distribuição do meio circulante, da prestação de informações ao sistema financeiro, da manutenção de informática [hardware e software] do BC e do acesso dos bancos a alguns sistemas de informação, entre outros possíveis impactos”.

Paralisação de aviso

Nesta terça-feira (18) servidores federais fizeram uma paralisação de aviso. Foram feitos protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia.

A crise teve início na votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022. Em dezembro, o governo firmou acordo para atender parcialmente a demanda de profissionais de segurança pública e destinar R$ 1,7 bi para a reestruturação de carreiras da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Os demais servidores federais pedem que, se houver reajuste, que ele seja para todos.

No governo, a percepção é de que a mobilização desta terça foi tímida. Ao Estadão, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), avaliou que o movimento foi “fraquinho”. Segundo ele, Jair Bolsonaro ainda não se decidiu sobre o reajuste a servidores. “O presidente vai tomar uma decisão. No final do ano, não tinha dinheiro no Orçamento e eu falei que era melhor não dar para ninguém”, disse.


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