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Além de Tarcísio, outros quatro ministros avaliam deixar o governo para disputar eleições estaduais

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O governo Jair Bolsonaro pode perder até cinco ministros até o início de abril. Em um movimento típico de ano eleitoral, os integrantes do 1° escalão do governo devem deixar os cargos no final do prazo estabelecido para que possam disputar as eleições. A lei determina que candidatos saiam do Executivo ao menos 6 meses antes do pleito. Assim, devem deixar os cargos atuais até o fim de março.

A saída dos ministros deve abrir espaço para os secretários-executivos e aliados da base de apoio do governo, principalmente de partidos como PP, PL e Republicanos, que se comprometeram a apoiar Bolsonaro na campanha à reeleição. Os escolhidos comandarão os ministérios até o início de 2023, quando haverá uma nova formação do governo.

Um dos três ministros mais próximos do presidente, Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) foi confirmado por Bolsonaro nesta quinta-feira (13/01), durante a transmissão da live presidencial, como a grande aposta para o governo de São Paulo. Mesmo com resistências no PL, novo partido do presidente, o ministro é a esperança de Bolsonaro para conquistar o maior colégio eleitoral do país. Outros quatro ministros devem se juntar a ele na disputa por governos estaduais.

No Ministério da Cidadania, João Roma (Republicanos) tem planos de disputar o governo da Bahia. Deputado federal licenciado, ele deve enfrentar nas urnas o ex-prefeito de Salvador e seu ex-aliado, ACM Neto (União), e o senador petista Jaques Wagner. Caso o presidente não apoie o desejo do ministro, Roma deixará o governo para disputar ao menos um novo mandato como deputado federal.

A ministra Flávia Arruda (PL) tem grande apoio do Palácio do Planalto para concorrer ao governo do Distrito Federal. Aliada do atual governador do DF, Ibaneis Rocha, ela ainda decide se disputará uma vaga no governo ou para o Senado. A certeza é que ela pretende se lançar a um cargo majoritário.

De todos os ministros, o que já tem o caminho definido é o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (União). Ele vai disputar o Governo do Rio Grande Sul. A pré-candidatura está fechada, falta somente decidir por qual partido disputará. Crítico da junção de DEM e PSL, que formou o União Brasil, ele ainda não anunciou se mudará mesmo de partido.

Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil, também deve deixar o cargo para se lançar como pré-candidato ao governo do Piauí.

A estratégia de Bolsonaro é eleger o maior número possível de senadores e formar uma base de apoio, para um eventual segundo mandato. O Senado é a casa onde o presidente sofre maior resistência. A renovação do Senado em 2022 será de um terço, com a eleição de um representante por unidade da federação.


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