Início » Realinhamento na terceira via – Cristiano Noronha

Realinhamento na terceira via – Cristiano Noronha

A+A-
Reset
ArtigosDestaquePolítica

Além das candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto, outras oito pré-candidaturas estão colocadas. As de Sergio Moro (Podemos); João Doria (PSDB); Ciro Gomes (PDT); Simone Tebet (MDB); Rodrigo Pacheco (PSD); Felipe D’Ávila (Novo); Cabo Daciolo (Partido da Mulher Brasileira); e a da União Brasil, que resultará da fusão de DEM e PSL e que pretende ter candidato próprio. Entretanto, tanto Felipe D’Ávila quanto Cabo Daciolo são candidatos sem qualquer chance de vitória.

Em 2018, o Novo e Daciolo receberam, juntos, 3,76% dos votos válidos. A candidatura de Simone Tebet parece ter pouca chance de se sustentar até o fim da corrida. A senadora tem a difícil missão de chegar a dois dígitos de intenção de voto para o MDB seguir adiante com ela. Assim, o mais provável é que o partido tente uma composição com outra legenda mais à frente.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco é uma incógnita. Ainda não assumiu em definitivo sua condição de candidato. É possível que defina seu futuro político no próximo ano. Contudo, há sinais de que poderá acabar desistindo para poder continuar à frente do Congresso Nacional no biênio 2023-2024. A União Brasil ainda não conta com um nome viável. Mas, de acordo com o presidente da sigla, Luciano Bivar, a legenda terá candidato próprio. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta seria uma possibilidade.

O maior objetivo dos tucanos é recuperar o espaço eleitoral perdido em 2018

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que perdeu nas prévias do PSDB, também é cotado como alternativa. Aparentemente, três candidaturas são mais consistentes e devem continuar na briga. Primeiramente, a de Sergio Moro, que aparece nas pesquisas com uma média de 12% das intenções de voto. É o mais bem colocado entre as alternativas da terceira via. Por isso, não deve abrir mão de concorrer como cabeça de chapa.

O governador de São Paulo, João Doria, também parece pouco disposto a abrir mão. Mesmo que ele não seja um nome a unir todo o PSDB, a legenda sabe que não pode prescindir de um candidato concorrendo à Presidência.

O maior objetivo dos tucanos é recuperar o espaço eleitoral perdido em 2018, quando obtiveram menos de 5% dos votos válidos após anos de presença competitiva na disputa sucessória. Ciro Gomes também parece pouco disposto a desistir, mas está ficando isolado. Perdeu a terceira posição nas pesquisas após a entrada de Moro no páreo e vê potenciais aliados aderirem à candidatura de Lula. Ao que tudo indica, a tendência é que ocorra um realinhamento entre as candidaturas da terceira via, mas ela continuará dividida.


Cliente Arko fica sabendo primeiro

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais