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SP: Alckmin e Haddad largam em vantagem

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O instituto Datafolha realizou duas simulações para a disputa de 2022 ao Palácio dos Bandeirantes. No primeiro cenário, o ex-governador Geraldo Alckmin, que deve trocar o PSDB pelo PSD, aparece na liderança (ver tabela abaixo). Na segunda posição estão tecnicamente empatados considerando a margem de erro – dois pontos percentuais para mais ou para menos – o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB). Um ponto mais atrás figura Guilherme Boulos (PSOL).

No segundo cenário, sem Alckmin e com a presença de vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve ser o candidato do governo João Doria (PSDB), Haddad está numericamente à frente. Porém, em função da margem de erro, Haddad está em situação de empate técnico com França. Na terceira posição está Boulos.

CANDIDATOSCENÁRIO 1 (%)CENÁRIO 2 (%)
Geraldo Alckmin (PSDB)26
Fernando Haddad (PT)1723
Márcio França (PSB)1519
Guilherme Boulos (PSOL)1113
Tarcísio de Freitas (Sem partido)46
Rodrigo Garcia (PSDB)5
Arthur do Val (Patriota)45
Abraham Weintraub (Sem partido)12
Vinícius Poit (Novo)11
Branco/Nulo1722
Indecisos34

*Fonte: Datafolha (13 a 15/09)

Por ora, os potenciais pré-candidatos associados ao presidente Jair Bolsonaro – o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Sem partido) e o ex-ministro Abraham Weintraub (Sem partido) – assim como as alternativas do bolsonarismo dissidente – o deputado estadual Arthur do Val (Patriota) e o deputado federal Vinícius Poit (Novo) – têm baixa densidade eleitoral.

Vale registrar que o Datafolha não simulou cenários com a presença de Geraldo Alckmin e Rodrigo Garcia juntos, o que poderá acontecer se Alckmin for para o PSD, já que Garcia deve ser o candidato do PSDB a governador para as eleições de 2022.

A disputa pelo Palácio dos Bandeirantes deve ser bastante equilibrada. Hoje, a boa posição de Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Márcio França e Guilherme Boulos pode ser atribuída ao recall que eles possuem. Alckmin e Haddad concorreram à presidente nas eleições de 2018. França concorreu a governador em 2018 e a prefeito de São Paulo (SP) em 2020. E Boulos disputou a eleição presidencial de 2018 e concorreu a prefeito da capital paulista em 2020.

Caso concorram a governador, Alckmin e Garcia devem dividir o eleitorado tucano em SP. Garcia, que ainda é desconhecido na comparação com os rivais e terá a máquina do Palácio dos Bandeirantes a seu favor, tende a crescer, o que equilibrará a disputa.

Ainda não sabemos se França será candidato, principalmente se Alckmin concorrer. Uma eventual Alckmin e França, repetindo a dobradinha vitoriosa de 2014, tende a ser competitiva. Além disso, caso Haddad e Boulos consigam se unir, a esquerda tende a fazer 30% dos votos e chegar ao segundo turno. E temos ainda espaço para o crescimento de uma candidatura associada ao bolsonarismo.

Por conta de todos esses aspectos, a disputa pelo governo de SP está em aberto e indefinida, em que pese a vantagem inicial de Alckmin e Haddad.


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