Reforma tributária: empresas do Simples Nacional não terão dividendos tributados, afirma relator

Ministro Paulo Guedes e Deputado Celso Sabino (PSDB-PA) Foto: Washington Costa - ASCOM/ME

As empresas cadastradas no Simples Nacional continuarão a ter lucros e dividendos isentos de tributação. A declaração foi feita nesta quarta-feira (28) pelo relator da reforma tributária na Câmara, Celso Sabino (PSDB-PA), que, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma coletiva de imprensa na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

“Os lucros e dividendos das empresas cadastradas no Simples Nacional permanecerão isentos. Serão beneficiadas cerca de 5 milhões de companhias. Estamos muito próximos de um texto maduro para ser votado”, disse.

O Simples é um sistema que unifica a cobrança de tributos para micro e pequenas empresas. Podem aderir companhias que faturam até R$ 4,8 milhões ao ano. Não podem optar pelo sistema as empresas que possuem sócios no exterior, que realizem cessão ou locação de mão-de-obra ou que tenham dívidas com a Receita.

De acordo com o relator, as empresas que não pagam impostos pelo Simples Nacional ainda podem ter lucros e dividendos tributados. A regra sugerida pelo projeto é que, para pequenas empresas não optantes do Simples, sejam isentos lucros de até R$ 20 mil mensais. Todo valor acima disso seria tributado. “Estamos estudando aumentar a faixa de isenção de lucros e dividendos para micro e pequenas empresas”, ressaltou Sabino.

Atualmente, uma empresa do regime Simples pode distribuir lucro livremente; não há tributação nenhuma sobre lucros e dividendos. Com a proposta original da reforma, essas companhias passariam a ter uma isenção limitada a 20.000 reais, ou seja, o que excedesse esse valor seria tributado. No entanto, conforme o que Sabino afirmou, empresas cadastradas no Simples continuarão isentas de taxação sobre os proventos.


Postagens relacionadas

Nesta semana, STF deve julgar regras sobre investigação de acidentes aéreos

Morre Delfim Netto, aos 96 anos; ex-ministro foi um dos signatários do AI-5

Tarcísio deixa viagem após acidente aéreo em Vinhedo

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais