O PSDB, que decidiu realizar eleições internas para definir quem será candidato tucano à presidência da República, divulgou quais serão as regras das primárias. Entre os principais pontos está a participação dos postulantes em cinco debates presenciais, um em cada região do país, mas também transmitidos pela internet. Apesar da definição de que os eventos devem acontecer após 18 de outubro, as datas e locais exatos ainda serão definidos.
Além de ajudar a definir o voto dos filiados tucanos, os debates podem ter o efeito de difundir o nome de candidatos que ainda não tem projeção nacional, aumentando a chance daqueles que rivalizam com o governador de São Paulo, João Doria, atualmente o mais conhecido.
Para evitar fraudes e interferências externas, o partido definiu que só poderá votar quem tiver se filiado até 31 de maio de 2021. Além disso, será realizado um segundo turno, uma semana após o primeiro, caso nenhum dos pré-candidatos alcance a maioria absoluta dos votos. O primeiro turno das prévias está marcado para o dia 21 de novembro e o segundo turno para o dia 28.
Modelo desfavorece Doria
As “primárias” do PSDB devem ser um desafio a mais no caminho de Doria até 2022. Para a votação, o partido será dividido em quatro grupos, sendo que cada um terá peso de 25% sobre a decisão final. O primeiro grupo será formado por filiados sem mandato. O segundo por prefeitos e vice-prefeitos. O terceiro terá em sua composição vereadores e deputados estaduais e distritais. Já o quarto grupo será formado por membros do partido que foram eleitos a cargos de projeção nacional: governadores, vice-governadores, senadores e deputados federais, além do presidente nacional da sigla e os ex-presidentes.
Inicialmente, Doria defendia que todo voto dentro do partido tivesse o mesmo peso, mas acabou derrotado. Como São Paulo detém a maior parte dos filiados, os tucanos paulistas teriam maior peso na decisão final.