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Grupo estreante vence o leilão da BR-163 (MT-PA)

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Único participante do leilão de concessão do trecho das BRs-163-230 entre Mato Grosso e o porto fluvial de Miritituba (PA), o Consórcio Via Brasil ofereceu deságio de 8,09% sobre o valor máximo da tarifa de pedágio: R$ 7,867 para cada 100 quilômetros.

Por essa rodovia escoa para os portos do chamado Arco Norte o mesmo volume de grãos (milho, soja e farelo) embarcado em Santos, segundo dados do Ministério da Infraestrutura. O asfaltamento da estrada, concluído no fim de 2019, se refletiu na redução do frete na região e em outras áreas do país, segundo Tarcísio de Freitas.

O consórcio vencedor, que já explora concessões de rodovias estaduais em Mato Grosso, é liderado pela Conasa Infraestrutura com a participação das empresas Zeta Infraestrutura, Construtora Rocha Cavalcante e M4 Investimentos e Participações.

Com sua estreia em rodovias federais, o grupo terá pela frente o desafio de enfrentar questões ambientais e realizar os investimentos previstos de R$ 1,87 bilhão, além de arcar com os custos de operação, estimados em R$ 1,2 bilhão. Isso no período de dez anos, prazo de contrato da concessão.

Os investimentos (Capex) vão se concentrar na construção de vias auxiliares, terceira faixa em áreas de aclive, acostamentos, pistas adicionais e melhoria nas passagens por centros urbanos. Não há previsão de duplicação da via, cuja pavimentação foi oficialmente inaugurada em fevereiro do ano passado.

“Aquela história de viagem perdida, atoleiro, lama, está ficando no passado”, disse o ministro Tarcísio de Freitas. “A gente fica feliz de ver um grupo novo nas nossas rodovias federais.” A pouca concorrência é atribuída ao fato de grandes grupos de concessão rodoviária terem sua atenção voltada para o leilão da Via Dutra, no fim deste semestre, e para os certames das BRs-381-262 (MG-ES) e de um bloco de rodovias federais do Paraná.

Ao fim do contrato, o governo reassumirá a gestão da BR-163, já que o fluxo de veículos leves não justificaria nova concessão — há apenas três cidades entre as duas pontas do trecho, de mais de mil quilômetros. O contrato de dez anos equivale ao prazo de construção da Ferrogrão, cujo traçado seguirá em paralelo à BR-163.

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