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Recomposição orçamentária para benefícios sociais pode ser votada no Congresso na terça-feira (1º)

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O projeto de lei que restabelece cerca de R$ 20 bilhões ao Orçamento federal de 2021 para o pagamento de benefícios sociais pode ser votado nesta terça-feira (1º), no Congresso Nacional. A proposta abre crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões para o Orçamento, valor que havia sido vetado pelo presidente Jair Bolsonaro na sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA – Lei 14.144/21).

O executivo defende que a abertura do crédito não vai afetar a meta fiscal para 2021, já que os valores serão compensados por vetos a outras destinações orçamentárias. A proposta já esteve pautada na última sessão do Congresso, mas não foi votada por falta de acordo. O relator do texto, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, ainda não apresentou seu voto.

De acordo com o texto, o dinheiro será distribuído para o pagamento de seguro-desemprego (R$ 2,6 bilhões); benefícios previdenciários (R$ 6,6 bilhões); compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social (R$ 4,7 bilhões); benefícios de Prestação Continuada (BPC) e da Renda Mensal Vitalícia (R$ 968 milhões); remuneração a agentes financeiros (R$ 423 milhões) e subvenção e subsídios a agricultura sustentável, ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e a outros setores (R$ 4,3 bilhões).

Mais créditos

Outro destaque na pauta de terça-feira é o PLN 5/21, que abre crédito especial de R$ 584,2 milhões para ações de três ministérios: Desenvolvimento Regional; Defesa; e Mulher, Família e Direitos Humanos; e o PLN 6/21, que abre crédito suplementar de R$ 1,09 bilhão para seis ministérios: Ciência, Tecnologia e Inovações; Economia; Meio Ambiente; Defesa; Desenvolvimento Regional; e Mulher, Família e Direitos Humanos.

Vetos

Entre os 18 vetos que estão previstos na pauta para serem analisados, está o veto integral do presidente Jair Bolsonaro na proposta que buscava garantir acesso à internet, com fins educacionais, a alunos e professores da educação básica pública. O PL 3477/20 previa o uso de R$ 3,5 bilhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para ampliação do acesso à rede mundial de computadores. Entretanto, o Planalto barrou a proposta argumentando que a iniciativa aumentaria a rigidez do Orçamento.

O VET 9/21, que trata trechos da lei que permitiu a compra de vacinas contra a Covid-19 por parte de estados e municípios com registro ou autorização temporária de uso dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também deve ser analisado. Foram três dispositivos vetados por Bolsonaro, entre eles a previsão de que a União reembolsaria os entes da Federação pela compra, caso não fosse cumprido o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Os parlamentares vão analisar também o veto imposto ao PL 639/21, que prorrogava até 31 de julho o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física referente aos rendimentos de 2020. A data inicial era 30 de abril, mas a Receita Federal já havia estendido o prazo até 31 de maio. De acordo com o Executivo, a prorrogação do prazo contrariava o interesse público porque seria o segundo adiamento consecutivo da entrega da declaração neste ano. Uma nova postergação, de acordo com a equipe econômica, poderia afetar o fluxo de caixa, prejudicando a arrecadação da União, dos estados e dos municípios.

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