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Diretor da Abin será convocado à CPI da covid para explicar declarações de Bolsonaro

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O atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, terá de comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) após a aprovação de um requerimento que pedia a sua presença na comissão. Segundo o documento, Ramagem irá prestar esclarecimentos sobre as últimas falas do presidente Jair Bolsonaro relacionadas à China. A data do comparecimento, no entanto, ainda não foi divulgada.

Na última quinta-feira (6), Bolsonaro disse que o coronavírus poderia ser resultado de um laboratório chinês. Após as declarações, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) enviou um pedido de convocação do líder da Abin ao Senado.

“Se a China está iniciando uma guerra contra o Brasil e os militares têm conhecimento dos planos chineses a situação é gravíssima. Contudo, se isso não passar de uma hipótese, o estrago diplomático das relações brasileiras com a China será gigantesco”, afirmou Tasso.

O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho, também irá depor na CPI (sua participação, todavia, ainda não tem data definida). De acordo com Almeida Filho, Manaus, capital do estado, teria sido usada como um “laboratório para testar imunidade de rebanho”.

“Carlos deixa uma insinuação de que teria havido uma aliança entre o presidente da República e o governador do Estado do Amazonas para que em Manaus fosse feita a experiência da imunidade de rebanho. Ou seja, não fazer nada para que as pessoas se contaminarem em grande escala e com isso adquirissem uma imunidade natural e assim ninguém gasta dinheiro”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Cronograma

Na última quinta-feira (6), o cronograma da CPI da covid foi alterado após o depoimento do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, ter sido adiado para a próxima terça-feira (11).

Com a alteração no cronograma, o depoimento do ex-secretário de Comunicação Social Fábio Wajngarten, marcado para o dia (11), ocorrerá na quarta-feira (12/5). O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo será ouvido na quinta (13/5), além de um representante da farmacêutica Pfizer.

Queiroga é o terceiro depoente da CPI da Covid. Antes, a comissão ouviu os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

O cronograma da CPI está, atualmente, da seguinte forma:

Terça-feira (11/05): Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa;

Quarta-feira (12/05): Fabio Wajngarten, ex-secretário de comunicação do governo;

Quinta-feira (13/05): ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e representantes da Pfizer no Brasil.

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