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Guedes: “Vamos baixar a dívida novamente”

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Otimista em relação ao futuro econômico do Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento virtual do Itaú LatAm, na última terça-feira (6), afirmou que o governo de Jair Bolsonaro começou com uma agenda muito forte de reformas estruturais, mas o país foi surpreendido pela pandemia.

“Com a pandemia, o governo se voltou para medidas emergenciais. Porém, sempre manteve a agenda de reformas em mente, temos duas grandes à frente: tributária e administrativa. Vamos baixar a dívida novamente, estamos trabalhando para isso. No momento, a vacinação é o mais importante, mas houve grande movimento com a PEC Emergencial também.”, reforçou.

O ministro destacou que, ao contrário do que era esperado por analistas, a dívida bruta do Brasil não alcançou 100% do PIB. Para Guedes, o impacto da crise este ano deve ser menor do que foi no ano passado e em 2 ou 3 meses o Brasil pode dar a volta por cima. “Nos meses de janeiro e fevereiro, quando não havia o auxílio emergencial, houve bons sinais da economia, como empregos formais e arrecadação que indicaram recuperação”, disse.

Em meio a negociação para corrigir o Orçamento de 2021, o ministro voltou a dizer que há “barulho” e “sinal” nos debates em torno do Orçamento e destacou que os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dão suporte para o avanço da agenda econômica no Congresso.

Guedes destacou a independência do Banco Central como a melhor resposta para o setor de investimentos e segundo ele, ocorreu no momento certo, referindo-se à alta da inflação. “É o melhor sinal que poderíamos dar a investidores e população em geral”, disse.

Privatização

“Estamos de volta com o programa de privatizações”, disse Guedes ao mencionar a Eletrobras e os Correios. De acordo com o ministro, a privatização das duas empresas é apenas o começo. “Não temos de ter vergonha de usar a palavra privatização. Eu acredito que uma empresa boa, é uma empresa privatizada.” O ministro citou, ainda, o exemplo da Vale, que teve condições de arcar com todas as despesas e indenizações após o acidente em Brumadinho.

Guedes ressaltou que o Brasil tem um número grande de empresas estatais, mas em muitas delas, houveram casos de corrupção, como em empresas de saneamento que elevaram tarifas dos usuários para pagar aumentos de salários. “Acho que devemos vender todas as empresas estatais”, acrescentou.

Medidas emergenciais

Guedes disse que algumas medidas, como o auxílio emergencial, foram retomadas por causa da segunda onda da pandemia, que veio mais forte, e que o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), programa que permite a suspensão ou redução dos contratos de trabalho de forma temporária, será anunciada a qualquer momento. O ministro citou também o diferimento de tributos e a antecipação do 13º salário aos mais vulneráveis.

Questionado sobre a sustentabilidade fiscal, Guedes afirmou que o governo renovou o auxílio emergencial, mas com o intuito de remover gradualmente e que, eventualmente, pode ser criado um programa social para cumprir a função de uma espécie de rampa de ascensão social.

“A rampa começa com o Bolsa Família, depois evolui para a Carteira Verde-Amarela e passa para o emprego formal desonerado. Conforme a economia volta, os invisíveis voltam ao mercado e vamos ajudá-los com esses programas. Queremos ajudar essas pessoas a conseguir emprego, de forma produtiva”, explicou.

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