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Senado pressiona Bolsonaro por demissão de Ernesto Araújo

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O Senado não está satisfeito com o trabalho que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vem fazendo durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta (25), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente da casa, avaliou que “o Ministério das Relações Exteriores está muito aquém do esperado”.

“Fizemos uma sessão especial com o ministro para ouvi-lo sobre as ações tomadas na pandemia. Houve de fato uma frustração por parte dos senadores, externada nas falas da grande maioria do Senado em relação à política externa que vem sendo adotada”, afirmou o presidente do Senado.

Pacheco ainda criticou a condução de Araújo no processo de compra de doses da vacina contra covid-19. “Tivemos muitos erros no enfrentamento do vírus. Um deles foi o não estabelecimento de uma relação diplomática de produtividade com diversos países que poderiam ser colaboradores nesse momento agudo de crise que temos no Brasil. Ainda está em tempo de mudar para salvar vidas”.

Apesar da relação entre os parlamentares e Ernesto Araújo estar desgastada há algum tempo, o ministro entrou na mira dos congressistas depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu substituir Eduardo Pazuello pelo doutor Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde e não pela médica Ludhmila Hajjar, indicada por alguns deputados à liderança da pasta.

De acordo com alguns jornais, o ex-presidente Fernando Collor seria o ministro das Relações Exteriores em uma eventual substituição de Ernesto Araújo. No entanto, a informação foi desmentida pelo ex-presidente à Arko Advice nesta quinta-feira (25).

Ex-presidente Fernando Collor. Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

Na última quarta-feira (24), o ministro Ernesto Araújo, prestou esclarecimentos no Senado sobre a atuação e os esforços da chancelaria brasileira em prol da obtenção de vacinas contra a covid-19.

Parte dos senadores culpam o líder das Relações Exteriores pela demora do governo brasileiro nas negociações de vacinas com outros países, como a China. O ministro foi duramente criticado durante a reunião. A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), por exemplo, o acusou de ter agido com displicência e pediu que ele renunciasse ao cargo.

Contudo, segundo Araújo, o Brasil é o terceiro país que mais recebeu vacinas fabricadas na China no mundo e alegou que o país não está atrás de outros países na questão de vacinação. O ministro também destacou que o cronograma de vacinação prevê que a população brasileira seja vacinada em sua totalidade até o final do ano, mas que o prazo pode ser adiantado.

Colaboraram: Daniel Marques e Renata Nagashima

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