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Guedes afirma que vacinação deve gerar crescimento da economia

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil retomará o ritmo de crescimento nos próximos meses caso aumente a velocidade de vacinação. Nesta quinta-feira (25), Guedes esteve no Senado para debater o Plano Nacional de Imunização (PNI) e o cumprimento dos respectivos prazos, bem como a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas a essa pandemia.

“Se nós conseguirmos aumentar a velocidade de vacinação no país, é possível que, em 60 dias, nós tenhamos um novo horizonte completamente diferente pela frente: um país que pode retomar o crescimento – e que já estava retomando”, avaliou.

Na última quarta-feira (24) o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a meta do Ministério da Saúde era de vacinar um milhão de brasileiros por dia, mas nenhum prazo foi estabelecido. No evento do Senado, Guedes voltou a reafirmar o objetivo do governo com a vacinação, e afirmou que se Brasil conseguir cumprir seu objetivo, colherá bons cenários econômicos.

Guedes também falou sobre a carta escrita banqueiros e especialistas que cobrava uma posição mais enfática do governo sobre a pandemia. “Pode ter havido uma falha [na vacinação] mas como é outra área [saúde] não vou nem comentar, mas estamos de acordo com os economistas”, disse.

Orçamento e auxílio emergencial

O ministro da economia ainda cobrou dos parlamentares a aprovação da proposta de Lei orçamentária. A votação está ocorrendo nesta quinta-feira (25) no Congresso Nacional. Caso o projeto seja aprovado, o governo pode antecipar o pagamento de benefícios de pensionistas e de aposentados, além de liberar o auxílio emergencial.

“Assim, mais R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Então, vamos proteger os mais vulneráveis, os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus. Esses recursos podem vir, de novo, sem impacto fiscal, porque é apenas uma antecipação de recursos dentro do mesmo ano. (…) O que for possível fazer sem impacto fiscal disparamos imediatamente”, disse o ministro.

Para Guedes, é preciso “manter novamente os sinais vitais da economia batendo”, e por isso, segundo ele, o governo está repetindo agora o protocolo que adotou na “primeira guerra contra o vírus”, no ano passado.

Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Questionado pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) sobre a possibilidade de que o Auxílio Emergencial volte a ter o valor de R$ 600, Paulo Guedes, subiu o tom: questionou porque o Bolsa Família nunca teve o valor de R$ 600 durante os governos anteriores. Retoricamente, ele disse que sim, o Auxílio Emergencial pode ser majorado, mas não necessárias contrapartidas.

“Vamos trabalhar juntos para aumentar o valor do Auxílio Emergencial. Mas precisa de uma contrapartida. Um estado rico, como é o governo Brasileiro, está financeiramente quebrado, mas está cheio de ativos que não mobiliza: temos estatais dependentes. No passado, poderia ter dobrado o valor do Bolsa Família se tivesse fechado ou vendido essas estatais. É possível aumentar o valor do Auxílio Emergencial, mas precisa de uma base sustentável para não trazer de volta a inflação. O resultado final seria o desemprego em massa”, disse.

Atualmente, o governo prevê que seja gasto um máximo de R$ 44 bilhões na nova etapa do Auxílio Emergencial, que deve ser pago a 45,6 milhões de pessoas. O valor varia entre R$ 150 e R$ 375, a depender do perfil do beneficiário.

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