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Bolsonaro anuncia comitê para o combate à pandemia de Covid-19

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Um dia após o Brasil ultrapassar a marca de 3 mil mortos por Covid-19 em 24 horas, e em meio a crescentes pressões a respeito da adoção de medidas mais eficazes no combate à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro encontrou-se, nesta quarta-feira (24), no Palácio da Alvorada com governadores, líderes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria Geral da República.

A reunião aconteceu durante o período mais crítico da pandemia que o Brasil vive, alcançando a marca de 300 mil mortos. O encontro teve como objetivo fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate ao vírus da covid-19, além de ser um espaço para discussão de ações institucionais conjuntas.

Inicialmente, a reunião seria apenas com os presidentes dos três poderes, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o vice-presidente do TCU, Bruno Dantas, participaram do encontro, mas Bolsonaro recebeu também ministros e governadores para discutir medidas de combate à pandemia.

Após a reunião na residência oficial, Bolsonaro anunciou a criação de um comitê em parceria com o Congresso para definir medidas de combate à pandemia de Covid-19. As demandas dos governadores deverão ser levadas ao comitê pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

“Resolvemos, entre outras coisas, que fosse criada uma coordenação junto aos governadores, com o presidente do Senado. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda a semana para redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus”, anunciou Bolsonaro.

Ficou definida a constituição imediata de um grupo permanente de trabalho, sem delegação, por parte dos presidentes da República, Câmara e Senado, com a participação do ministro da saúde, para definir políticas nacionais que sejam aplicadas uniformemente em todo país. De acordo com o presidente do Senado, a ideia foi identificar as convergências de pensamento entre os líderes. “As medidas que serão tomadas desde já envolvem a iniciativa privada, a ampliação de leitos de UTI, a solução de problemas de oxigênio e insumos de medicação e a vacinação do povo brasileiro, que exige a mobilização de todos os poderes, da sociedade e da imprensa”, disse Pacheco.

Na reunião também foi discutido, o chamado “tratamento precoce”, que prevê a utilização de medicamentos que, apesar de defendidos pelo presidente, mas que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19. “A reunião foi bastante proveitosa. Mais do que harmonia, imperou a solidariedade e a intenção de minimizarmos os efeitos da pandemia. Decisão sobre tratamento off-label ficará a cargo do ministro da Saúde”, afirmou Bolsonaro.

Durante o pronunciamento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a articulação entre União, estados e municípios vai ajudar a agilizar a vacinação e diminuir os efeitos da pandemia. Já o presidente da Câmara dos, Arthur Lira, sugeriu a votação imediata para resolver os problemas de falta de leitos hospitalares. “Podemos votar hoje ainda na Câmara a oferta de novos leitos com participação da iniciativa privada.”

Frente Nacional de Prefeitos

Em nota, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se pronunciou afirmando que pronunciamento do presidente da República está atrasado no tempo e no enfrentamento à pandemia. “O Brasil e os brasileiros estão abandonados pelo governo federal. Muitos nas suas casas, nos leitos dos hospitais e outros tantos, infelizmente, nos morgues das casas de saúde ou em covas coletivas. É lamentável, mas o cenário de enfrentamento à pandemia da COVID-19 tomou contornos catastróficos, levando o país ao epicentro sanitário mundial.”

 

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