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“É quase impossível que o Senado paute impeachment de algum ministro do STF”, avalia Lucas de Aragão

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“É próxima de zero a possibilidade de o Senado levar a frente um impeachment de algum ministro do STF”, avaliou Lucas de Aragão, analista da Arko Advice, durante a live semanal Política Brasileira, no último domingo (14).

Questionado por um espectador, o analista político Lucas de Aragão avaliou que um eventual processo de impeachment contra ministros do STF é um assunto que não é sequer discutido pelos senadores. “A não ser que algum ministro faça algum absurdo, não vejo essa possibilidade”, afirmou.

Nesta segunda-feira (15), o possível afastamento do ministro Alexandre de Moraes foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, após o lançamento de um abaixo assinado pedindo seu impeachment. O documento angariou, em menos de nove horas após sua criação, mais de um milhão e cem mil assinaturas.

O centro nas eleições de 2022

“O retorno de Lula ao cenário eleitoral é um fator desestabilizador; dessa forma, será necessário que a direita e o centro se reorganizem. Até o momento, nenhum candidato moderado foi apresentado. O centro está carente de nomes; se não agir, será difícil protagonizar em 2022”, afirmou Murillo de Aragão, CEO da Arko.

No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu anular as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da 13ª Vara de Curitiba. Dessa forma, Fachin tornou Lula elegível para disputar as eleições de 2022 e, de acordo com Aragão, “desestabilizou” a disputa.

“O indivíduo de centro é o que define as eleições. Em 2018, por exemplo, foi ele que elegeu Bolsonaro ao se recusar a votar no PT. Em 2022 será do mesmo jeito. Sabendo disso, Lula, acenando ao mercado, e Bolsonaro, moderando seu tom, já estão atuando pata atrair esse tipo eleitor. Se o centro quiser ter alguma chance, precisará escolher rapidamente um nome que agrade tanto a direita quanto a esquerda”, disse.

Em seu primeiro discurso após a decisão do STF, o ex-presidente Lula fez acenos ao mercado, e se mostrou aberto ao diálogo com o setor produtivo. “Temos que conversar com os empresários para entender onde está a loucura deles de não perceber que, se eles quiserem que a economia cresça, é preciso garantir que o povo tenha emprego e renda. Ou será que vamos ficar refém do ‘deus mercado’?”.

Bolsonaro também moderou suas ações. Segundo Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko, o atual presidente não quer que sua gestão na pandemia seja usada como artifício político nas eleições de 2022, por isso avalia a saída do atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como um aceno de que está atuando para minimizar a crise.

Medida Provisória (MP) da Eletrobrás

Enviada no final de fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida provisória (MP) que trata da capitalização da Eletrobrás deve render, ao menos, R$ 50 bilhões aos cofres públicos – é o que aponta o Ministério de Minas e Energia. Segundo Cristiano Noronha, “a proposta está bem encaminhada, e deve ser aprovada na Câmara em breve”.

O texto permite que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) inicie os estudos para a capitalização – venda de parte das ações que o governo federal possui sobre a Eletrobrás. A oferta dessas cotas deva ocorrer semanas antes do natal de 2021.

“O governo sinalizou vontade ao enviar essa MP pois, diferente de um projeto de lei, ela obriga o congresso a votar a proposta no prazo de 120 dias”, afirmou.

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