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Interferência na Petrobras mostra que liberalismo de Bolsonaro tem limites, avalia Murillo de Aragão

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Nesta semana, a interferência do presidente da República na Petrobras gerou um forte impacto sobre as ações da empresa, que chegou a perder cerca de R$ 60 bilhões em valor de mercado. Isso porque, insatisfeito com a alta no preço dos combustíveis, Bolsonaro anunciou que vai trocar o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna.

Na live semanal da Arko Advice, “Política Brasileira”, o cientista político Murillo de Aragão avaliou que o episódio ressalta até onde Bolsonaro realmente se compromete com a pauta econômica liberal de Paulo Guedes.

“Até mesmo a própria equipe econômica sabe que o liberalismo do Bolsonaro vai até alguns limites. A Petrobras é um desses limites claros, porque envolve questões estratégicas, nacionalistas e se refere ao próprio pensamento tenentista do governo”, analisa.

Por outro lado, Murillo de Aragão avalia que faltou sensibilidade política à diretoria da empresa para promover os aumentos nos momentos certos. “A Petrobras foi incompetente e insensível em conduzir essa questão, para criar as narrativas pra se defender e evitar essa tensão que desemboca na questão da reeleição do presidente”, pontua.

“A reação do investidor estrangeiro é mais de decepção do que de surpresa. Muita gente no mercado ficou frustrada, não por conta das justificativas que o governo possa dar, mas porque vai contra tudo aquilo que o governo afirmou que seria sua posição desde o início”, completa Thiago de Aragão, enviado da Arko a Washington.

Guedes ameaçado?

Apesar do episódio ressaltar as diferenças das visões de Bolsonaro e Paulo Guedes sobre a economia, a interferência não deve levar à saída do ministro da Economia. “Conversei com múltiplas fontes tanto na Economia, como na Secretaria de Governo, que disseram que Guedes não tem motivação para sair e o presidente não quer tirá-lo”, expõe o analista da Arko Advice, Lucas de Aragão.

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